Caso Vitória: 3 homens são suspeitos de envolvimento no assassinato de jovem

A Polícia Civil de São Paulo confirmou, nesta segunda-feira (10), que três homens são investigados como suspeitos do assassinato da adolescente Vitória Regina de Sousa, que ficou desaparecida por uma semana e foi encontrada nua, degolada e com os cabelos raspados.

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Segundo o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), Luiz Carlos do Carmo, 18 pessoas foram ouvidas até o momento, mas a polícia se concentra em três nomes:

• o ex-namorado de Vitória, Gustavo Vinicius de Moraes Santos
• Daniel Lucas Pereira, que tinha um relacionamento com Gustavo
• Maicol Antonio Sales dos Santos, vizinho e amigo dos outros dois

Maicol é o único suspeito preso até o momento. Gustavo e Daniel tiveram a prisão pedida, mas ambas foram negadas pela Justiça. Saiba quem é quem:

Maicol Antonio Sales dos Santos

Maicol é dono do Corolla prata que circulou na região em que o corpo de Vitória foi encontrado. A polícia investiga se o carro teria sido usado para sequestrar a adolescente.

Em depoimento, o suspeito alegou que na noite do crime estava com a esposa. No entanto, a mulher foi ouvida e disse que estava na casa da mãe. Vizinhos também relataram movimentações incomuns na casa de Maicol.

A Justiça acolheu o pedido de prisão argumentando haver "fortes indícios" de envolvimento de Maicol no crime, além de "versões contraditórias acerca de seu paradeiro na data dos fatos e especialmente na noite de 26 de fevereiro". Ele foi detido na tarde de sábado (8).

Nesta segunda-feira (10), peritos localizaram uma mancha de sangue no porta-malas do veículo do suspeito. Um exame de DNA vai comprovar se o sangue é da jovem. O resultado deve ficar pronto em 30 dias.

A casa dele também foi periciada após um um casal de vizinhos afirmar, em depoimento, que gritos de uma mulher foram ouvidos dentro da residência.

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Gustavo Vinicius de Moraes Santos

O ex-namorado de Vitória, Gustavo Vinicius de Moraes Santos, é outro suspeito de participação na morte da adolescente.

A Polícia Civil chegou a pedir a prisão dele, na última quinta-feira (6), por inconsistências no depoimento, mas a Justiça negou, destacando que faltavam provas de que ele participou do assassinato. Com medo de ser linchado pela população, ele se apresentou à polícia, mas acabou liberado.

Segundo decisão do juiz Marcelo Henrique Mariano, da Comarca de Cajamar, obtida pelo SBT News, Gustavo Vinicius afirmou que dormiu na casa de uma "ficante", das 22h30 às 3h30. O depoimento foi corroborado pela mulher.

A polícia afirmou que existem "provas contundentes" de que Gustavo Vinicius estava perto da cena do crime. A prova, segundo o documento obtido pelo SBT News, usa como base os sinais dos celulares dos dois, captados por uma Estação Rádio Base (ERB).

Para o juiz, entretanto, não é possível afirmar que ele e a vítima se encontraram. Isso porque os sinais foram captados por uma antena do bairro Ponunduva, onde os dois moravam. A casa do rapaz fica a 2 km de distância de onde Vitória morava.

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Daniel Lucas Pereira

Os investigadores também pediram a prisão de outro suspeito, Daniel Lucas Pereira, o que foi negado pela Justiça. No caso dele, a juíza ponderou que "a única conexão possível" entre ele e o crime é uma foto do carro de Maicol, fato que, segundo a magistrada, já foi "provisoriamente" esclarecido por ele.

Em entrevista à imprensa na segunda-feira (10), o diretor do Demacro afirmou que Daniel teria registrado em vídeo o caminho do ponto de ônibus até a casa de Vitória, o que pode indicar uma premeditação do crime. "A prova está materializada no celular dele", disse Luiz Carlos do Carmo.

Uma das linhas de investigação da Polícia Civil é de que Daniel teria um relacionamento amoroso com Gustavo Vinicius e agiu por ciúmes de Vitória.