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Polícia

Caso Vitória: Justiça nega prisão de ex-namorado suspeito

Rapaz se apresentou à polícia para explicar as inconsistências no depoimento prestado anteriormente

Imagem da noticia Caso Vitória: Justiça nega prisão de ex-namorado suspeito
Vitória ficou desaparecida por uma semana e foi encontrada morta nesta quarta-feira (5) | Reprodução/Redes sociais
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O ex-namorado da jovem Vitória Regina de Sousa, encontrada morta na Grande São Paulo após nove dias desaparecida, teve a prisão negada pela Justiça nesta quinta-feira (6). O jovem deixou a delegacia em viatura descaracterizada, de cabeça baixa, e não falou com a imprensa.

O pedido de prisão preventiva de Gustavo Vinicius Moraes foi feito em função de inconsistências no depoimento prestado anteriormente. Segundo as investigações, o ex-namorado afirmou que estava com outra moça no momento do crime. No entanto, em depoimento à polícia, a mulher usada como álibi afirmou que esteve com o rapaz por volta das 3h30. Vitória sumiu bem antes deste horário, por volta da 0h daquela madrugada.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) negou o pedido da prisão, alegando que não há indícios seguros que associem Gustavo ao crime ocorrido e, portanto, é necessário o aprofundamento das investigações.

O que a polícia divulgou até agora

Segundo o delegado Aldo Galiano, responsável pelo caso, há diversos elementos conectados que indicam um crime meticulosamente planejado. A polícia trabalha com a hipótese de que o assassinato pode ter sido motivado por vingança, mas ainda não divulgou detalhes sobre as possíveis causas.

Uma outra linha de investigação apura se a raspagem do cabelo de Vitória foi uma tentativa de encobrir a real motivação do assassinato, já que sugere um comportamento comum de facção criminosa para punir crimes relacionados a traições amorosas, ou um ato para constrangê-la. As autoridades também defendem que os suspeitos conheciam bem a região, uma vez que conseguiram driblar fiscalizações e evitar câmeras de monitoramento ao longo do trajeto.

A vítima apresentava graves ferimentos na cabeça, além de um corte profundo no pescoço, quase uma decapitação. Mas, de acordo com as investigações preliminares, não há indícios que o crime tenha sido cometido no local onde o corpo foi encontrado - o que indica que a jovem pode ter sido mantida em cativeiro.

A investigação ainda está em curso e os oficiais ainda aguardam os resultados de laudos periciais do Instituto Médico Legal (IML) para obterem mais detalhes sobre a dinâmica do crime.

No total, 14 pessoas foram ouvidas e oito estão sendo formalmente investigadas. Entre elas, estão o ex-namorado, o atual companheiro da vítima, dois homens que estavam no ônibus e outros dois que haviam mexido com a vítima na rua. O vizinho de Vitória foi incluído na investigação. Além de desaparecer no dia do crime, ele é o dono do Corolla prata em que estava com o Gustavo Vinícius Moraes, e onde foram encontrados fios de cabelo que seriam supostamente de Vitória.

A análise de dados de telefonia revelou ainda que o ex-namorado da vítima, estava na região no momento estimado do assassinato.

Galiano afirmou que os elementos reunidos até agora são suficientes para solucionar o caso e que a polícia trabalha para estabelecer conexões entre os investigados a fim de identificar o autor ou autores do homicídio.

Relembre o início do caso

Moradora de Cajamar, na Grande São Paulo, Vitória voltava do trabalho quando avisou uma amiga por mensagem que estava sendo perseguida por dois homens durante o trajeto para casa, no dia 26 de fevereiro.

O carro em que os rapazes passaram, segundo o áudio da garota, foi visto por testemunhas parado em frente ao ponto de ônibus onde Vitória desceu e desapareceu. O corpo da vítima foi encontrado na quarta-feira (5) numa mata em Cajamar, na Grande São Paulo. Ela foi degolada e teve o cabelo raspado.

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