"Jogo do tigrinho": influencer que ostentava carros, relógios e roupas nas redes é alvo da polícia no DF

Um jovem influencer digital de 22 anos foi alvo de busca e apreensão em operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), na manhã desta quinta-feira (11). O estudante é acusado de divulgar na internet um cassino online, conhecido como "jogo do tigrinho" (ou "Fortune Tiger", em inglês), e praticar golpes contra seguidores.

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Essas apostas, consideradas ilegais, prometem ganhos significativos a usuários, mas usam mecanismos para dar prejuízo e estimular vício de quem tenta a sorte repetidas vezes e premiar, na verdade, mentores e disseminadores da plataforma.

Com mais de 45 mil seguidores no Instagram, o influencer ostentava carros e relógios de luxo, roupas de marcas caras, celulares de modelos recentes, registros de viagens e até dinheiro em espécie.

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Segundo a PCDF, esse patrimônio é incompatível com a qualificação dele e "há fortes indícios" de que foi adquirido a partir de golpes praticados com o jogo de azar digital.

Agentes apreenderam celulares e um veículo de luxo com o suspeito. A operação foi deflagrada pela 18ª Delegacia de Polícia, na região administrativa de Brazlândia.

Como funcionava o golpe do influencer?

O modus operandi do influenciador é o mesmo de vários outros criadores de conteúdo nas redes sociais envolvidos com esse tipo de jogo eletrônico. Para dar ar de credibilidade ao golpe, compartilhava imagens de seguidores que supostamente conseguiram grandes quantias com o cassino.

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Depois, ele postava links para que usuários da rede social fizessem apostas, sem saberem que o jogo era manipulado para beneficiar criadores e divulgadores do golpe.

A PCDF descobriu que o jovem influencer ganhava um determinado percentual, ainda em apuração, de valores apostados por seguidores a partir de links publicados por ele na rede social — isso configura crime de obtenção de vantagem financeira indevida.

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"Várias operações de mesma natureza estão em curso em outras Unidades da Federação com o objetivo de coibir o incalculável prejuízo que estas plataformas têm causado aos internautas, que experimentam perdas de ordem financeira e danos psicológicos graves, com casos até de suicídio", reforçou a PCDF, em nota à imprensa.