Confira quem apoia Nunes e quem apoia Boulos neste 2º turno em São Paulo
Presidente Lula está com Boulos, enquanto Bolsonaro defende Nunes. Candidatos derrotados no primeiro turno também manifestaram preferência entre um e outro
O segundo turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo será em 27 de outubro, com Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) na disputa. No primeiro turno, a diferença entre os dois foi pequena: Nunes obteve 29,48% dos votos, enquanto Boulos teve 29,07%, uma diferença de cerca de 25 mil votos.
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A eleição na capital serve como baliza para disputa presidencial em 2026 por conta da proporção política que a região tem. Por isso, o ex-presidente Jair Bolsonaro — que está inelegível — disse que vai mergulhar na campanha de Nunes para esquerda não vencer. O presidente Lula, que já declarou apoio a Boulos, deve intensificar sua participação na campanha, especialmente nas áreas periféricas. Candidatos que ficaram fora do segundo turno, como Pablo Marçal (PRTB), e outros políticos podem influenciar o resultado dependendo de suas posições.
Confira abaixo os apoios políticos recebidos por Nunes e Boulos até o momento.
Ricardo Nunes (MDB)
O atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes, recebe o apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. O governo estadual é bem avaliado e a presença do governador impulsionou a campanha de Nunes. Em seu primeiro pronunciamento depois do primeiro turno, Nunes fez questão de agradecer o esforço de Tarcísio. Junto com Bolsonaro, a aliança entre eles forma o bloco de direita no estado. Além disso, Milton Leite, ex-presidente da Câmara Municipal de São Paulo e uma das principais lideranças políticas da capital, declarou apoio a chapa de Nunes. O candidato Pablo Marçal (PRTB), que ficou em terceiro lugar na corrida pela Prefeitura de São Paulo com 28,14% dos votos, inicialmente afirmou que pode apoiar Ricardo Nunes se suas propostas forem adaptadas ao plano de governo. Marçal teve embates com Nunes durante a campanha, o que levou o atual prefeito a dispensar seu apoio. Depois disso, Marçal indicou que não apoiaria mais Nunes. A candidata derrotada Marina Helena, do Novo, chegou a 1,38% na eleição. Ela declarou apoio a Nunes no segundo turno das eleições. Além disso, afirmou que seu apoio está alinhado com as pautas de seu partido, que priorizam uma gestão pública eficiente, com foco em transparência, meritocracia e responsabilidade fiscal.
Guilherme Boulos (Psol)
Boulos, por sua vez, conta com o apoio do presidente Lula e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Este último fez campanha no primeiro turno ao lado de Tabata Amaral (PSB), que ficou em quarto lugar na disputa pela Prefeitura,, obtendo 9,91% dos votos válidos. Depois da eleição, aos jornalistas, Tabata destacou que, apesar de sua opção de voto, ela e Boulos representam "projetos absolutamente diferentes para São Paulo e para o Brasil". E acrescentou: "Vou votar em Guilherme Boulos, porque eu não consigo e não conseguiria jamais colocar o meu voto em um projeto liderado por Ricardo Nunes". Figuras do alto escalão do governo também estão apoiando o candidato do Psol. Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, e Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígena, declararam que estão o apoiando.
O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) defendeu voto crítico ao psolista. Em nota, o partido expressou orgulho por ter apresentado uma chapa que defende uma alternativa "socialista e revolucionária", capaz de enfrentar a extrema direita e atuar como oposição de esquerda.
Sem apoio declarado
O SBT News entrou em contato com os candidatos que disputaram a Prefeitura e ainda não se posicionaram. As campanhas de Ricardo Senense, da Unidade Popular, e Bebetto Haddad, da Democracia Cristã, não responderam aos questionamentos até o fechamento deste texto. O conteúdo será atualizado assim que houver retorno.
O apresentador José Luiz Datena (PSDB) concedeu entrevista coletiva após sua derrota nas eleições e afirmou que não vai apoiar Ricardo Nunes (MDB) ou Guilherme Boulos (Psol) no segundo turno: "Com a quantidade de votos que eu tenho, não sei se faria muita diferença".