Datena descarta apoio para Nunes ou Boulos: "não sei se faria muita diferença"
PSDB, partido do apresentador, recomendou voto em Ricardo Nunes "contra o lulopetismo por uma questão de coerência ideológica histórica"
O apresentador José Luiz Datena (PSDB) concedeu entrevista coletiva após sua derrota nas eleições à Prefeitura de São Paulo e afirmou que não vai apoiar Ricardo Nunes (MDB) ou Guilherme Boulos (Psol) no segundo turno: "com a quantidade de votos que eu tenho, não sei se faria muita diferença".
Já o PSDB afirmou que "rejeita os extremos e a radicalização", e recomendou voto em Ricardo Nunes "contra o lulopetismo por uma questão de coerência ideológica histórica".
O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) também se manifestou a favor de Ricardo Nunes
"Entre os candidatos que disputam essa etapa final, não tenho dúvida de que Nunes é quem melhor pode administrar a principal capital brasileira, gerando um ambiente de tranquilidade política e social necessária para o desenvolvimento do município, contribuindo, assim, com todo o país", disse Aécio.
Fim da vida política
Com apenas 1,84% dos votos válidos, o apresentador afirmou que já esperava a derrota, e que não esteva a altura de seu partido.
"Era uma coisa prevista, nós fizemos o que pudemos, a gente trabalhou com recursos reduzidos, mas é claro também que o meu desempenho como candidato não foi a altura de um candidato do tamanho do PSDB", afirmou Datena.
O apresentador afirmou ainda que aprendeu com os erros cometidos nesta eleição, e que não vai seguir na política.
"Essa foi uma derrota num campo em que eu, na realidade, não tenho mais intenção de seguir, não vou seguir", disse Datena, que deve tirar férias de 20 dias antes de voltar para a televisão. "Nem sempre popularidade, capacidade de falar, dá certo em política", completou.
Marina Helena indecisa
A candidata Marina Helena (Novo), afirmou que ainda não decidiu a quem apoiar no segundo turno das eleições em São Paulo. Neste domingo (6), ela obteve 1,38% dos votos válidos.
"Neste momento, não posso definir meu apoio [para o segundo turno], pois preciso conversar com meu partido. Nossa vereadora teve uma votação expressiva, e também preciso dialogar com nossa deputada federal. É fundamental discutirmos e definirmos a melhor estratégia para nossa cidade", declarou.
“Em São Paulo foi muito difícil. Teve o voto útil e isso acabou atrapalhando bastante nossa candidatura. Mas fiz o meu melhor e vou continuar fazendo”, completou.