"The New York Times", "Wall Street Journal" e "The Economist" pedem que Biden desista de candidatura
Dificuldade do presidente americano no primeiro debate contra Trump gera preocupações
Os jornais "The New York Times" e "Wall Street Journal" e a revista "The Economist" publicaram editoriais nesta sexta-feira (28) pedindo que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desista da tentativa de reeleição neste ano.
"O presidente apareceu na noite de quinta-feira como a sombra de um grande servidor público. Ele teve dificuldades em explicar o que realizaria em um segundo mandato. Teve dificuldades em responder às provocações de Trump. Teve dificuldades em responsabilizar Trump por suas mentiras, seus fracassos e seus planos assustadores. Mais de uma vez, teve dificuldades em chegar ao fim de uma frase", disse o NYT.
O Wall Street Journal classificou como "dolosoro" o desempenho "hesitante e tropeçante" de Biden.
Para o jornal, o presidente americano claramente "não está apto a servir mais quatro anos no cargo. Para o bem do país, mais até do que para o partido, os democratas têm que pensar seriamente sobre a necessidade de substituí-lo no topo da chapa".
A The Economist relembrou que em 2022 disse que Biden não deveria buscar a reeleição. Preocupada, a revista reiterou o alerta em janeiro deste ano.
"Mas, mesmo aqueles preocupados com sua idade não estavam preparados para o debate de quinta-feira contra Donald Trump. Ao longo de 90 angustiantes minutos, o Sr. Biden estava confuso e incoerente - francamente, muito debilitado para lidar com mais quatro anos no trabalho mais difícil do mundo", disse a revista.
Biden admitiu desempenho ruim no debate
O presidente americano Joe Biden falou nesta sexta-feira (28), durante um comício em Raleigh, na Carolina do Norte, sobre seu desempenho no primeiro debate das eleições, contra o ex-presidente Donald Trump.
A performance do democrata de 81 anos, que hesitou e divagou em alguns momentos do debate, gerou preocupações em seus colegas de partido, que temem sobre a capacidade dele de liderar os Estados Unidos por mais quatro anos.
Biden reconheceu as críticas dizendo: "eu não debato tão bem quanto costumava". Mas acrescentou: "eu sei como fazer este trabalho. Eu sei como fazer as coisas acontecerem".
O presidente americano também criticou Trump por suas "mentiras" e sua campanha voltada para "vingança e retaliação".
"A escolha nesta eleição é simples", disse Biden. "Donald Trump destruirá nossa democracia. Eu a defenderei", completou.