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Tanques israelenses avançam na Cidade de Gaza; total de mortos chega a mais de 65 mil

Israel mantém ofensivas, mesmo com pressão internacional e tentativas de negociações para um cessar-fogo

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Forças israelenses avançam em Gaza e deixam mais mortos | REUTERS/Dawoud Abu Alkas
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As forças israelenses avançaram em direção ao centro da Cidade de Gaza nesta quarta-feira (24), em meio a uma crescente pressão de países por um cessar-fogo sob Israel.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniu com líderes de países muçulmanos na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, na terça-feira (23), para conversas que se concentraram no fim da guerra, segundo a agência de notícias estatal dos Emirados Árabes Unidos, WAM,.

Trump, que anteriormente criticou os movimentos de uma série de países que reconheceram um Estado palestino, disse que uma reunião com Israel seria a próxima.

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O governo israelense pediu à população da Cidade de Gaza que se mudasse para o sul, mas muitas pessoas hesitaram, citando a falta de segurança e a fome generalizada no local. "Nós nos mudamos para a área oeste, perto da praia, mas muitas famílias não tiveram tempo, os tanques as pegaram de surpresa", disse Thaer, 35 anos, pai de um filho.

As forças israelenses ignoraram os apelos para interromper uma ofensiva que, segundo o governo, visa destruir o último reduto dos militantes do Hamas. O ataque do grupo a Israel em 2023 e a tomada de reféns desencadearam a guerra.

Os médicos disseram que pelo menos 20 pessoas foram mortas e muitas outras ficaram feridas quando os ataques aéreos israelenses atingiram um local com famílias desabrigadas no centro da cidade. Outras duas pessoas foram mortas em uma casa próxima, segundo eles.

As Forças Armadas israelenses disseram que estavam investigando o ataque ao abrigo, onde imagens obtidas pela Reuters mostravam pessoas remexendo os escombros.

"Estávamos dormindo sob os cuidados de Deus, não havia nada. Eles não nos informaram, nem mesmo nos deram um sinal. Foi uma surpresa", disse Sami Hajjaj. "Há crianças e mulheres, cerca de 200 pessoas, talvez seis ou sete famílias, essa praça está cheia de famílias", declarou ele.

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No subúrbio de Tel Al-Hawa, tanques entraram em áreas povoadas prendendo as pessoas em suas casas, enquanto mais tanques foram vistos estacionados perto do Hospital Al-Quds. A Sociedade Palestina do Crescente Vermelho disse que uma estação de oxigênio foi danificada.

Os tanques também avançaram para perto do maior hospital de Gaza, o Al Shifa, segundo testemunhas.

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Israel tem sido amplamente condenado por sua conduta militar em Gaza, onde mais de 65 mil palestinos, a maioria civis, foram mortos, de acordo com as autoridades de saúde locais. A fome se espalhou pela região.

A frustração internacional com a guerra levou alguns aliados israelenses e norte-americanos a reconhecerem um Estado palestino nesta semana.

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