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Na ONU, Trump diz ter terminado com sete guerras e critica organização: "Nunca nem tentaram ajudar"

Presidente dos EUA é o segundo falar na Assembleia Geral das Nações Unidas; Lula abriu os discursos

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a repetir que os Estados Unidos vivem uma Era de Ouro sob sua presidência durante discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nesta terça-feira (23). O mandatário também confirmou que irá se encontrar com o presidente Lula semana que vem e afirmou ter sido o responsável por terminar com sete guerras.

"Qual é o propósito das Nações Unidas?", perguntou e acrescentou mais tarde: "Na maioria das vezes, pelo menos por enquanto, tudo o que eles parecem fazer é escrever uma carta com palavras muito fortes e nunca dar seguimento a essa carta. São palavras vazias, e palavras vazias não resolvem guerras."

"Eu acabei com sete guerras em sete meses, guerras que as Nações Unidas nem tentaram ajudar", afirmou Trump, que começou o seu discurso elogiando as conquistas de sua administração.

Imigração

Segundo Trump, os EUA conseguiram diminuir para zero as travessias ilegais de fronteira e desaprovou a política da ONU sobre a imigração mundial.

"A ONU não está solucionando problemas, e ainda por cima está criando outros, ela ONU está financiando um ataque às suas fronteiras. A ONU deveria parar invasões, não as causar ou custear", disse ao direcionar a sua fala aos europeus.

"Vocês estão destruindo os seus países. A Europa foi invadida por uma força gigantesca de imigrantes ilegais, isso não é susténtavel, e, como eles escolheram ser politicamente corretos, não estão fazendo absolutamente nada sobre isso....Pode ser a morte da Europa", afirmou.

"Cada país soberano tem o direito de controlar suas fronteiras, como fazemos aqui", continuou.

Guerra na Ucrânia

Ao endereçar a guerra na Ucrânia, Trump culpou a China e a Índia por continuar financiando a Rússia e reprendeu países membros da OTAN, que, segundo ele, continuam financiando o Kremlin.

"A China e a Índia são os principais financiadores desse conflito ao continuar comprando o óleo russo,e muitos países da OTAN também, estão financiando essa guerra contra eles mesmo".

"Eles precisam cessar imediatamente todas as compras de energia da Rússia. Caso contrário, estaremos todos perdendo muito tempo.", disse o presidente.

Estado da Palestina

Outro assunto abordado por Trump foi a decisão de diversos países de reconhecerem o Estado da Palestina dias antes da Assembleia Geral das Nações Unidas. Segundo o presidente norte-americano, a iniciativa do Reino Unido, Canadá, Austrália, França e Portugal é uma "recompensa" ao Hamas.

"Como se quisessem encorajar a continuidade do conflito, parte deste corpo está buscando reconhecer unilateralmente um Estado palestino. As recompensas seriam grandes demais para os terroristas do Hamas por suas atrocidades", disse Trump, que afirmou ainda que os que querem a paz "devem se unir em uma mensagem: libertem os reféns agora, apenas libertem os reféns.”

Venezuela

O presidente norte-americano também usou o tempo que teve plenário da ONU para destacar suas ações "contra cartéis" em águas da América Latina e do Caribe.

“Recentemente, começamos a usar o poder supremo das forças armadas dos Estados Unidos para destruir os terroristas e as redes de tráfico da Venezuela lideradas por Nicolás Maduro”, disse Trump, referindo-se ao presidente da Venezuela, que já afirmou não ter relação com os grupos criminosos.

Trump fez um alerta ao que ele descreveu como “todo bandido terrorista contrabandeando drogas venenosas para os Estados Unidos da América”.

“Por favor, estejam avisados ​​de que vamos exterminá-los”, disse o presidente.

Neste mês, um ataque militar dos EUA matou 11 pessoas supostamente ligadas à gangue venezuelana Tren de Aragua. Na sexta-feira passada, Trump anunciou outro ataque militar letal contra um suposto navio de tráfico de drogas em águas internacionais

Brasil

No fim do seu discurso, que durou quase meia hora, Trump também afirmou que irá se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana que vem.

"Encontrei Lula, nos abraçamos e vamos nos encontrar semana que vem", afirmou o presidente norte-americano.

+ "Atentados à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais estão se tornando regra", diz Lula

"Não tivemos muito tempo para conversar, uns 20 segundos. Em retrospecto, fico feliz de ter esperado, porque essa coisa não deu muito certo, mas nós conversamos, tivemos uma boa conversa e combinamos de nos encontrar na próxima semana, se isso for de interesse, mas ele pareceu um homem muito agradável. Na verdade, ele gostou de mim, e eu gosto dele. E eu só faço negócio com quem eu gosto.", afirmou Trump, que foi aplaudido nesse momento.

Desde 1° de agosto, as exportações do Brasil aos Estados Unidos são alvos de uma tarifa de 50% impostas por Trump em retaliação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, sentenciado a mais de 27 anos de prisão.

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