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Sobe para 44 o número de mortos em decorrência das fortes chuvas no México

Fenômeno danificou 35 mil casas e causou cortes de energia, deslizamentos de terra e desmoronamentos; equipes lutam para chegar a comunidades isoladas

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Carteiras escolares empilhadas em uma escola danificada após as chuvas que atingiram Poza Rica, no estado de Veracruz | Foto: Rolando Ramos/Reuters - 11.10.2025
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Subiu para 44 o número de mortos em decorrência das fortes chuvas no México, segundo novo balanço divulgado neste domingo (12). Os estados de Hidalgo (centro-leste), Puebla (centro) e Veracruz (leste) concentram o maior número de vítimas e de danos materiais, detalhou um comunicado da Secretaria de Segurança federal.

Os três estados compartilham uma ampla área da Serra Madre Oriental, cadeia montanhosa no nordeste do México afetada por um sistema tropical do Golfo do México que provocou intensas chuvas. O local abriga várias pequenas comunidades que ficaram inacessíveis.

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Ao todo, mais de 35 mil casas foram danificadas, segundo relatório do governo, principalmente por causa do transbordamento de rios, o que forçou famílias inteiras a abandonarem seus lares. As chuvas também causaram cortes de energia, deslizamentos de terra e desmoronamentos que fecharam tanto rodovias modernas quanto estradas rurais que levam a pequenas comunidades.

Equipes civis e militares de resgate lutam para abrir estradas e chegar a comunidades isoladas. A nebulosidade finalmente começou a se dissipar neste domingo, o que permitiu intensificar os esforços para abrir as numerosas estradas situadas nas montanhas.

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Repórteres da agência de notícia Agence France-Presse (AFP) percorreram áreas do município de Tenango de Doria, em Hidalgo, porta de entrada para vilarejos nas montanhas aos quais é impossível chegar devido a deslizamentos de terra e desmoronamentos em estradas e caminhos rurais íngremes.

Diversos moradores caminham quilômetros nos dois sentidos — alguns querem adentrar as montanhas para saber notícias de seus familiares, enquanto outros descem em busca de alimentos e medicamentos.

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"Saímos por motivos de saúde (...) além de que não há alimentos ou (os comerciantes) se aproveitam da situação e aumentam os preços", afirmou à AFP Giovani, de 28 anos, morador da região, que preferiu não revelar o sobrenome.

O governo federal mobilizou quase 10 mil militares para atender a população afetada de 117 municípios. Trabalhadores da empresa estatal de energia também buscavam restabelecer o fornecimento elétrico.

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