Pesquisadores brasileiros descobrem nova espécie de peixe pré-histórico na Antártica
Animal agora fará parte do acervo do Museu Nacional, no Rio
SBT Brasil
Pesquisadores do Rio de Janeiro descobriram uma nova espécie de peixe pré-histórico na Antártica: um fóssil, com cerca de 66 milhões de anos.
Três cientistas, um alpinista e dois fuzileiros navais participaram da expedição. Durante os 50 dias de acampamento, a equipe se deparou com o fóssil. Segundo o paleontólogo Arthur Brum, foi como encontrar uma agulha no palheiro.
“Descobrimos na hora do almoço da equipe, quando um dos pesquisadores falou para todo mundo parar de andar, porque ele tinha visto algo”, disse ele.
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O peixe, de nadadeiras peitorais longas, mede menos de 6 cm, mas foi batizado com um nome científico bem maior: Antarctichthys Longipectoralis. Além de nova espécie, o animal é o vertebrado mais bem preservado já encontrado na Antártida.
A descoberta é do Período Cretáceo - entre 105 e 66 milhões de anos atrás. Naquela época, a Antártida era bem diferente de hoje. No lugar do gelo, havia uma vasta floresta, com vulcões ativos, mares rasos e quentes: um ecossistema rico e diverso, que, segundo cientistas, desapareceu após a queda de um meteoro que mudou o rumo da vida na terra.
Agora, a descoberta que foi feita pelos pesquisadores brasileiros vai fazer parte do acervo do Museu Nacional, que fica sediado no Rio de Janeiro (RJ).