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Hamas diz que grupo vai abrir mão do controle de Gaza e tenta negociar a soltura de sete líderes

Segundo a fonte, grupo pediu ao Egito para convocar uma reunião para acertar a composição de um comitê palestino temporário, tecnocrático e apolítico

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Palestinos buscam suprimentos de ajuda de caminhões que entraram em Gaza | Foto: Ramadan Abed/Reuters - 12.10.2025
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Uma fonte do alto escalão do Hamas afirmou que o grupo vai abrir mão do controle da Faixa de Gaza. Não está claro até que ponto a fonte fala pelo resto da organização.

"Para o Hamas, a governança da Faixa de Gaza é uma questão encerrada", disse a fonte à agência de notícias Agence France-Presse (AFP), sob condição de anonimato. "O Hamas não participará de forma alguma da fase de transição, o que significa que abriu mão do controle da Faixa, mas continua sendo uma parte fundamental do tecido palestino."

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Segundo a fonte, o Hamas pediu ao Egito, um dos medidores do cessar-fogo, para convocar uma reunião antes do final da próxima semana para acertar a composição de um comitê palestino temporário, tecnocrático e apolítico, que ficará encarregado da administração diária dos serviços públicos de Gaza. A fonte afirmou que "os nomes estão quase prontos".

"O Hamas, juntamente com as outras facções, apresentou 40 nomes. Não há absolutamente nenhum veto sobre eles, e nenhum deles pertence ao Hamas", disse.

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A fonte afirmou ainda que o grupo está pronto para interromper operações armadas, contradizendo outro oficial do grupo que disse anteriormente que o desarmamento estava "fora de discussão". Na sexta-feira, horas após o cessar-fogo entrar em vigor em Gaza, a organização publicou fotos mostrando agentes do aparato de segurança armados em público.

O acordo de paz entre Israel e Hamas, que entrou em vigor na sexta-feira (10), inclui trocar os reféns restantes que permanecem em Gaza por 250 prisioneiros palestinos detidos em prisões israelenses, além de 1.700 moradores de Gaza capturados após 7 de outubro de 2023. Os negociadores seguem finalizando os detalhes da troca neste domingo (12) e duas fontes do Hamas afirmaram à AFP que o grupo insiste em incluir sete proeminentes líderes palestinos presos em Israel na troca.

Entre eles, está Marwan Barghouti, o "Mandela palestino", preso por Israel em 2002, sob acusação de terrorismo, e sentenciado a cinco penas de prisão perpétua em 2004. O Hamas havia exigido a libertação de Barghouti como parte de um possível acordo de cessar-fogo em Gaza, mas Israel, mais uma vez, não concordou com sua libertação.

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