Escorpiões avançam no RS, e Porto Alegre registra aumento nas capturas
Mais de 300 escorpiões são encontrados na capital e prefeitura disponibiliza soro para população

SBT Brasil
Em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre, é difícil encontrar quem não tenha se deparado com um escorpião dentro de casa. O alerta é ainda maior na capital gaúcha. No centro de Porto Alegre, desde o início do ano, foram capturados 306 escorpiões-amarelos, considerados os mais perigosos. Entre eles, três exemplares de uma espécie ainda inédita no Rio Grande do Sul: o escorpião-amarelo-do-nordeste.
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“Ele parece ser um pouco mais agressivo. Então, caso a gente esbarre com ele com o pé descalço ou que esteja dentro da calça ou sapato, a tendência é que ele tenha reflexo de picar”, explicou Alexandre Companhoni, gerente da Vigilância Ambiental de Porto Alegre.
A suspeita é que os animais tenham chegado ao estado por caminhões que transportam frutas e hortaliças de outras regiões. Entre 2014 e 2023, foram registrados 1,17 milhão de acidentes com escorpiões-amarelos em todo o Brasil. Pesquisadores alertam que, se a população não se prevenir, até 270 mil novos acidentes podem ocorrer no país nos próximos dez anos.
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"Hoje podemos dizer que o escorpião é uma praga na cidade. Temos dificuldades no controle químico porque eles são altamente resistentes, não têm predador natural e convivem bem com os humanos devido ao lixo”, explicou Manuela Pucca, professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNESP de Araraquara.
Somente neste ano, três pessoas foram picadas em Porto Alegre. Por isso, a prefeitura passou a disponibilizar o soro antiescorpiônico à população. Para reduzir os riscos em casa, a recomendação é combater as baratas, que servem de alimento para os escorpiões, evitar o acúmulo de lixo e entulho e instalar telas nos ralos.