Trump anuncia nova frota de navios de guerra em meio à escalada de tensão com a Venezuela
Ao lado dos secretários de Guerra, Estado e da Marinha, presidente dos EUA anunciou a criação da “Frota Dourada”, projeto de expansão naval americano


Vicklin Moraes
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (22) a construção de novos navios de guerra e a criação de uma nova frota naval, batizada de “Frota Dourada”. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa em sua propriedade Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida, ao lado do secretário de Guerra, Pete Hegseth, do secretário de Estado, Marco Rubio, e do secretário da Marinha, John Phelan.
Trump disse que aprovou planos para a construção de dois novos encouraçados de grande porte, que fariam parte da renovação da frota de superfície da Marinha americana. O presidente afirmou que as embarcações seriam "100 vezes mais poderosas do que qualquer navio de guerra já construído” e destacou que os Estados Unidos não lançam um novo navio de guerra desse tipo desde 1994.
"Vamos ter mais respeito agora do que jamais tivemos. Há um ano e meio eles riam de nós; agora nos respeitam em níveis que nunca tiveram antes. Imaginamos começar com dois navios. Estamos falando de dez, mas iniciaremos com dois e avançaremos para 10. No fim, acreditamos que o total ficará entre 20 e 25 embarcações", afirmou Trump
O republicano disse ainda que os novos navios estariam entre os mais letais do mundo em combate de superfície, ficando atrás apenas dos submarinos da Marinha americana em capacidade militar.
O secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, afirmou que as operações militares não têm como alvo atividades de pesca, mas redes criminosas. Segundo ele, “não há varas de pesca, nem pescadores, nem barcos de pesca. São apenas traficantes de drogas e narcoterroristas”. Hegseth disse ainda que cada ação militar tem impacto direto na segurança do país: “a cada ataque, estamos salvando a América e salvando vidas”.
Crise entre Venezuela e EUA
A relação entre Washington e Caracas se deteriorou ainda mais desde setembro, quando os EUA iniciaram uma operação naval antidrogas no Caribe e no Pacífico, próxima às costas da Venezuela e da Colômbia. A Casa Branca acusa cartéis da região de usar rotas marítimas para enviar drogas ao território norte-americano.
O governo Trump incluiu oficialmente o Cartel de Los Soles em sua lista de organizações terroristas. Nicolás Maduro rejeita a acusação e nega tanto a existência quanto qualquer vínculo com o grupo.
Além da designação como entidade terrorista, os EUA já haviam anunciado uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura de Maduro. A presença militar americana na região também foi ampliada, com o envio de oito navios de guerra, caças F-35 e o porta-aviões USS Gerald R. Ford, o maior e mais avançado do mundo.
Trump também afirmou que as companhias aéreas deveriam tratar o espaço aéreo venezuelano como “totalmente fechado”, reforçando o isolamento do país em meio à escalada de tensões.
O republicano também ameaçou atacar qualquer país que permita o envio de drogas ao território americano pode sofrer ataques das Forças Armadas dos EUA. Segundo ele, a política não se limita à Venezuela.
**texto em atualização









