Quase meio milhão deixam o último refúgio palestino com avanço das tropas israelenses
Rafah era o último abrigo do povo palestino e já chegou a acolher 1,5 milhão de pessoa; Israel afirma que o local é o reduto do Hamas
Com os avanços ofensivos de Israel em Rafah, cidade ao sul da Faixa de Gaza, quase meio milhão de palestinos fugiram da área desde o dia 6 de maio. A informação é da Agência das Nações Unidas da Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), divulgada nesta terça-feira (14).
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A cidade era o último abrigo do povo palestino e já chegou a acolher 1,5 milhão de cidadãos.
Os moradores foram pressionados pelas tropas israelenses a regressarem rumo à região norte da Faixa de Gaza, já devastadas por ações anteriores das tropas de Israel.
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O governo israelense justifica os ataques dizendo que a região é o último reduto do Hamas, grupo responsável pelo ataque terrorista de 7 de outubro que deu início à ofensiva. Mas, a ação é criticada por líderes e organizações internacionais, que temem uma “carnificina” na cidade.
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“As ruas estão vazias em Rafah e as famílias fogem em busca de segurança. As pessoas enfrentam constante exaustão, fome e medo. Nenhum lugar é seguro. Um cessar-fogo imediato é a única esperança”, escreveu a agência da ONU.
Na última semana, o Egito, que faz fronteira com Rafah, emitiu um comunicado condenando a ofensiva, dizendo que pretende se unir formalmente à África do Sul na Corte Internacional de Justiça. O país africano entrou com ação contra Israel por genocídio.
Rafah sofre bombardeios aéreos e de artilharia. A cidade também é a principal porta de entrada para ajuda humanitária destinada às vítimas da guerra.