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Nova troca de prisioneiros será feita após negociações de paz entre Rússia e Ucrânia nesta segunda (2)

Corpos de seis mil soldados também serão liberados de cada lado; não houve consenso sobre cessar-fogo

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Autoridades da Rússia e da Ucrânia encerraram a segunda rodada de negociações de paz nesta segunda-feira (2) em Istambul, na Turquia. Segundo o ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, houve um acordo de troca de prisioneiros e devolução dos corpos de seis mil soldados de cada país, após pouco mais de uma hora de conversa.

As negociações retomadas não conseguiram chegar a um acordo de paz, nem a um cessar-fogo duradouro. O último encontro entre as delegações russa e ucraniana em Istambul, em meados de maio deste ano, foi o primeiro contato direto entre as duas partes desde 2022.

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O objetivo do encontro das delegações foi discutir os termos de cessar-fogo de ambos os lados, de acordo com o ministro das Relações Exteriores turco, Hakan Fidan, que presidiu as negociações de paz no Palácio Ciragan. "Os olhos do mundo inteiro estão voltados para os contatos e discussões que vocês terão aqui”, afirmou no início das negociações.

Um dos negociadores ucranianos, Sergiy Kyslytsya, afirmou, em coletiva de imprensa, que a Rússia rejeitou um cessar-fogo incondicional com a Ucrânia nas negociações. Com isso, as autoridades ucranianas propuseram uma terceira rodada de conversa entre os países até o final de junho.

"Propomos ao lado russo realizar uma reunião até o final deste mês, de 20 a 30 de junho", disse o ministro da Defesa ucraniano. Umerov acrescentou que as delegações deveriam tentar concordar com um encontro entre Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, e Vladimir Putin, presidente da Rússia.

Zelensky, que não participou do encontro, informou que uma nova libertação de prisioneiros de guerra será feita após o acordo. O líder ucraniano ainda afirmou que, "sem pressão, Putin continuará brincando com todos que querem que esta guerra acabe" e que o país tem "fome de agressão".

"Todos nós precisamos trabalhar juntos para tornar isso possível", diz o presidente da Ucrânia.

Rustem Umerov declarou que ambas as partes concordaram em fazer uma troca de prisioneiros de guerra, devolvendo os corpos de seis mil soldados cada. A delegação ucraniana ainda propôs a libertação de "todos os feridos ou doentes graves, todos os combatentes com idade entre 18 e 25 anos", que também foi aceita pela Rússia.

O assessor presidencial Vladimir Medinsky, que lidera a delegação da Rússia nas negociações de paz em Istambul, afirmou que eles sugeriram um cessar-fogo de dois a três dias em certas áreas. Além disso, um memorando com medidas para alcançar um período sem ataques foi entregue à Ucrânia, que ficou de estudar a proposta.

O encontro aconteceu após novas ofensivas russas no final de semana. No domingo (1º), a Rússia disparou 472 drones contra a Ucrânia, maior número desde a invasão em 2022, informou a Força Aérea Ucraniana.

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Em resposta ao bombardeio, autoridades de Kiev informaram que um ataque surpresa de drones, também no domingo, destruiu mais de 40 aviões de guerra em bases aéreas no interior da Rússia.

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