Ucrânia afirma ter destruído mais de 40 aviões militares russos em ataque de drones
Mais cedo, a explosão de 2 pontes deixou ao menos 7 mortos e dezenas de feridos na Rússia. Escalada ocorre antes da rodada de negociações de paz em Istambul

SBT News
Em uma escalada nas tensões entre Rússia e Ucrânia, neste domingo (1), autoridades ucranianas disseram ter promovido um ataque a drones que destruiu mais de 40 aviões militares da Rússia em território russo, segundo a agência de notícias Associated Press.
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A autoridade, que falou sob condição de anonimato, disse que o ataque levou mais de um ano e meio para ser executado e foi supervisionado pessoalmente pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy.
A operação envolveu drones transportados em contêineres por caminhões para o interior do território russo e teriam atingido 41 'bombardeiros' - aviões que carregam munições - estacionados em vários aeródromos russos, incluindo a base aérea de Belaya, na região russa de Irkutsk, a mais de 4.000 quilômetros da Ucrânia.
Mais cedo o governo russo informou que duas pontes - uma delas na região de Bryansk, fronteira com a Ucrânia - foram derrubadas, sem atribuir responsáveis ao incidente. Um trem de passageiros que passava pela ponte caíu no momento do ataque, deixando mortos e feridos. Ao menos 7 mortes foram reportadas, mas o número deve aumentar.
Os ataques ucranianos acontecem após a Rússia bombardear a Ucrânia com mísseis e drones - 472, no maior ataque da guerra desde a invasão do território ucraniano em fevereiro de 2022 - deixando 12 soldados mortos e ao menos 60 feridos.
Escalada antes de negociações para cessar-fogo
A intensificação de ataques russos e ucranianos ocorrem no final de semana que precede a retomada das negociações entre a Rússia e a Ucrânia por um cessar-fogo no conflito. Uma reunião entre os presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky está marcada para esta segunda-feira (2), em Istambul, na Turquia.
No entanto, em uma declaração no Telegram, Zelenskyy afirmou que o Ministro da Defesa, Rustem Umerov, liderará a delegação ucraniana. "Estamos fazendo tudo para proteger nossa independência, nosso Estado e nosso povo", disse Zelenskyy.
Autoridades ucranianas já haviam solicitado ao Kremlin que apresentasse o memorando prometido, definindo sua posição sobre o fim da guerra, antes da reunião. Moscou havia dito que compartilharia seu memorando durante as negociações.
*com informações da Associated Press