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Negociações sobre cessar-fogo continuarão “sob fogo”, diz Netanyahu

Premiê israelense afirmou que ataques visam pressionar o Hamas a entregar reféns

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Benjamin Netanyahu | Wikimedia Commons
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, defendeu a retomada dos ataques na Faixa de Gaza. Em pronunciamento televisionado na terça-feira (18), o político disse que as negociações para restaurar uma trégua no enclave palestino continuarão “sob fogo”, como forma de pressionar o Hamas a entregar os reféns capturados em outubro de 2023.

“Nas últimas duas semanas, Israel não iniciou ações militares na esperança de que o Hamas mudasse de posição. Bem, isso não aconteceu. Enquanto Israel aceitou a oferta dos Estados Unidos, o Hamas se recusou a fazê-lo. Foi por isso que autorizei a renovação da ação militar contra o Hamas. E este é apenas o começo”, disse Netanyahu.

A declaração do premiê veio horas após Israel lançar uma série de ataques aéreos contra militantes do Hamas em Gaza. Os bombardeios deixaram mais de 400 mortos, segundo o Ministério da Saúde local, incluindo mulheres e crianças. O ataque foi o mais pesado desde o cessar-fogo acordado entre as partes em 19 de janeiro.

A trégua, que já era frágil, agora enfrenta um impasse maior ainda. Isso porque, ao mesmo tempo em que Israel acusa o Hamas de não aceitar as condições para liberar os reféns, o Hamas acusa o país de “violação flagrante” do cessar-fogo, decisão que pode “impor uma sentença de morte” aos reféns que ainda estão presos em Gaza.

“A decisão de retomar a guerra é de sacrificar os prisioneiros da ocupação e impor uma sentença de morte a eles”, disse Izzat al-Rishq, dirigente do grupo palestino.

Acordo de cessar-fogo

Israel e Hamas entraram em cessar-fogo em 19 de janeiro. O acordo, dividido em três etapas, estipulava uma trégua total das hostilidades, aumento da ajuda humanitária em Gaza e a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos detidos em Israel.

Na prática, a primeira fase do cessar-fogo terminou em 1º de março. Israel e o Hamas chegaram a negociar o início da segunda etapa, mas não chegaram a um acordo depois que Estados Unidos e Israel sugeriram mudar os termos do acordo para ampliar a primeira fase, visando liberar mais reféns. A proposta foi vista como “inaceitável” pelo Hamas.

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O impasse irritou Israel, que interrompeu a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Agora, com a retomada dos ataques, o governo israelense tenta pressionar o Hamas a entregar os reféns. Segundo as autoridades, a ação acontece com aval dos Estados Unidos.

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