Publicidade
Mundo

Líderes mundiais condenam bombardeios israelenses em Gaza e pedem volta do cessar-fogo

Israel terminou trégua de 60 dias após impasse com Hamas; mais de 400 palestinos morreram nos ataques

Imagem da noticia Líderes mundiais condenam bombardeios israelenses em Gaza e pedem volta do cessar-fogo
• Atualizado em
Publicidade

Israel lançou um ataque massivo contra todas as regiões da Faixa de Gaza, pondo fim a trégua de 60 dias e deixando mais de 400 mortos no enclave palestino já castigado pela guerra de 15 meses entre Tel Aviv e Hamas.

O ataque aconteceu na madrugada de terça-feira (18) e o número de feridos ultrapassa 500, com muitas pessoas ainda sob os escombros segundo o último boletim do Ministério da Saúde local. Desde então, representantes de diversos países, assim como a ONU, condenaram os ataques, com a maioria pedindo a volta do cessar-fogo e entrega dos reféns israelenses remanescentes.

Nações Unidas

O secretário-geral da ONU, António Guterres, falou sobre o "novo sofrimento intolerável para os habitantes de Gaza" após a retomada dos ataques israelenses.

Ele disse a jornalistas que três medidas continuam sendo essenciais para a região atingida: "que o cessar-fogo seja totalmente respeitado; que a ajuda humanitária chegue a Gaza sem impedimentos; e que os reféns sejam libertados incondicionalmente".

"Não vamos desistir desses objetivos", afirmou Guterres durante uma coletiva de imprensa no Escritório da ONU em Genebra (UNOG).

O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, afirmou que os ataques somente lançaram mais "miséria sobre uma população que já sofre condições catastróficas".

“Isso acrescentará tragédia sobre tragédia”, disse ele em um comunicado.

Reino Unido

Um porta-voz do primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse que as mortes de civis relatadas nos ataques israelenses durante a noite eram “horríveis”. “Queremos que este acordo de cessar-fogo seja restabelecido o mais rápido possível”, acrescentou.

França

O Ministério das Relações Exteriores da França condenou os ataques, pedindo “um fim imediato às hostilidades, que estão colocando em risco os esforços para libertar os reféns e ameaçando a vida da população civil em Gaza”.

Turquia

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da Turquia afirmou que é inaceitável que Israel esteja provocando um “novo ciclo de violência” na região, acrescentando que a “abordagem hostil” do governo israelense ameaçava o futuro do Oriente Médio e os ataques representam uma “nova fase da política de genocídio” de Israel contra os palestinos.

China

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse que Pequim está “muito preocupada” com a situação.

"Sobre o conflito palestino-israelense, esperamos que as partes trabalhem para permitir a implementação contínua e eficaz do acordo de cessar-fogo, abster-se de qualquer ação de escalada e impedir o agravamento da crise humanitária", disse.

Rússia

O Kremlin alertou para uma “espiral de escalada” após os ataques de Israel. “O que preocupa especialmente, é claro, são os relatos de grandes baixas entre a população civil”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

“Estamos acompanhando a situação de perto e, claro, esperamos que ela retorne a um curso pacífico”, completou.

Egito

O Egito classificou os ataques aéreos de Israel como uma “violação flagrante” do acordo costurado por eles, Catar e Estados Unidos.

Os ataques representam uma “escalada perigosa que ameaça trazer sérias consequências para a estabilidade da região”, disse o Ministério das Relações Exteriores.

Catar

O Catar também condenou fortemente os ataques, com seu Ministério das Relações Exteriores alertando em um comunicado que as “políticas de escalada [de Israel] acabarão por incendiar a região e minar sua segurança e estabilidade”.

Austrália

“Já houve um enorme sofrimento ali [em Gaza], e é por isso que estamos pedindo a todas as partes que respeitem o cessar-fogo e o acordo de reféns que foi estabelecido”, disse o primeiro-ministro Anthony Albanese.

“Continuaremos a fazer representações. A Austrália continuará a defender a paz e a segurança na região.”

Suíça

“A Suíça pede o retorno imediato ao cessar-fogo, a libertação de todos os reféns e a entrega sem impedimentos de ajuda humanitária”, escreveu o Ministério das Relações Exteriores no X.

Holanda

O ministro das Relações Exteriores Casper Veldkamp escreveu no X que “todas as hostilidades devem terminar permanentemente”.

"A Holanda apela a todas as partes para que respeitem os termos do cessar-fogo de Gaza e o acordo de reféns. Todos os civis devem ser protegidos", disse ele. “Instamos todas as partes a implementá-lo integralmente: os reféns restantes devem ser libertados, a ajuda humanitária deve chegar aos necessitados.”

Bélgica

“Peço às partes que implementem a segunda fase do acordo, que deve abrir caminho para a reconstrução e para a paz para todos”, escreveu o ministro das Relações Exteriores da Bélgica, Maxime Prevot, no X.

Ele denunciou “os novos ataques israelenses e seu pesado custo humano”, acrescentando que o bloqueio de Israel à ajuda humanitária para os palestinos era “uma grave violação do direito internacional”.

Jordânia

“Estamos acompanhando desde a noite passada o bombardeio agressivo e bárbaro de Israel contra a Faixa de Gaza”, disse o porta-voz do governo, Mohammed Momani, enfatizando “a necessidade de parar essa agressão”.

Irã

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores disse que os EUA tinham responsabilidade direta pela “continuação do genocídio nos territórios palestinos ocupados”.

Arábia Saudita

Um comunicado do Ministério das Relações Exteriores expressou a “condenação e denúncia da Arábia Saudita nos termos mais fortes pela retomada da agressão das forças de ocupação israelenses contra a Faixa de Gaza e seu bombardeio direto de áreas povoadas por civis indefesos, sem o menor respeito pelo direito internacional humanitário".

Famílias dos reféns isralenses

O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas, que representa as famílias dos reféns mantidos em Gaza, disse em uma postagem no X que a decisão do governo israelense de lançar novos ataques mostrava que ele havia escolhido “desistir dos reféns”.

“Estamos chocados, irritados e aterrorizados com o desmantelamento deliberado do processo para trazer nossos entes queridos de volta do terrível cativeiro do Hamas”, disse o grupo.

Estados Unidos

O governo do presidente Donald Trump foi consultado na segunda-feira (17) por Israel sobre os múltiplos ataques, disse a porta-voz da Casa Branca ao programa "Hannity" da Fox News horas após os bombardeios.

"O governo Trump e a Casa Branca foram consultados pelos israelenses sobre seus ataques em Gaza nesta noite", afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.

“Como o presidente Trump deixou claro, o Hamas, os houthis, o Irã, todos aqueles que buscam aterrorizar não apenas Israel, mas também os Estados Unidos da América, pagarão um preço – o inferno se desencadeará”, disse ela.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade