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Le Pen diz que decisão judicial que a torna inelegível é 'política' e visa bloqueá-la da eleição de 2027

Líder da extrema-direita francesa foi condenada por desvio de recursos e está impedida de concorrer a cargos públicos pelos próximos cinco anos

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A líder do partido Reunião Nacional (RN), Marine Le Pen, afirmou que a decisão judicial que a impede de disputar cargos públicos é "política" e tem o objetivo de excluí-la da corrida presidencial de 2027 na França.

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Le Pen foi condenada por desvio de recursos e recebeu uma pena de cinco anos de inelegibilidade. Em entrevista ao canal TF1, ela classificou a decisão como um ataque à democracia francesa.

"Este dia fatídico – segunda-feira, 31 de março de 2025 – será um dia marcante para nossa democracia e nosso país, quando um juiz de um tribunal de primeira instância privou milhões de franceses de sua candidata, sem qualquer possibilidade de recurso, e que aparece liderando as pesquisas para a eleição presidencial. Objetivamente, qualquer pessoa comprometida com a democracia e o Estado de Direito deveria se escandalizar", declarou Le Pen.

A líder da extrema-direita figurava como favorita nas pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais francesas de 2027. Ela já disputou o cargo em 2017 e 2022, sendo derrotada pelo atual presidente, Emmanuel Macron.

"Acredito que os juízes erraram. Acho que optaram por ignorar todas as explicações que foram dadas porque, já nas primeiras horas deste julgamento, percebi que o tribunal estava contra nós. Não imaginei que os magistrados fossem tão longe contra o nosso processo democrático e interferissem tanto na escolha dos franceses. Vamos ser claros: eu fui silenciada, mas é a voz de milhões de franceses que está sendo silenciada neste momento", afirmou.

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Para Le Pen, a decisão judicial representa sua "morte política". Além dela, outros oito membros do Reunião Nacional foram condenados por peculato.

A juíza Bénédicte de Perthuis, do Tribunal de Paris, afirmou que Le Pen estava no centro de um esquema no qual o RN desviou dinheiro do parlamento da União Europeia (UE). Apesar de a líder e os outros condenados não terem enriquecido pessoalmente, o tribunal considerou que o esquema enganou tanto o parlamento quanto os eleitores.

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Segundo a acusação, Le Pen e outros 24 integrantes do Reunião Nacional teriam utilizado mais de 4 milhões de euros destinados a assessores parlamentares da UE para pagar funcionários que trabalhavam para o partido entre 2004 e 2016, em desacordo com as normas do bloco.

Além da inelegibilidade, Le Pen foi condenada a quatro anos de prisão e ao pagamento de uma multa de 100 mil euros. A proibição de concorrer a cargos públicos entra em vigor imediatamente, enquanto a pena de prisão e a multa serão aplicadas apenas após o esgotamento dos recursos na Justiça.

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