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Morre Jean-Marie Le Pen, líder da extrema direita na França, aos 96 anos

Político é pai de Marine Le Pen e concorreu cinco vezes à presidência do país; família confirmou óbito à agência AFP

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Jean-Marie Le Pen | Wikimedia Commons
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Jean-Marie Le Pen, líder da extrema direita na França, morreu aos 96 anos nesta terça-feira (7). A família do político confirmou a informação à agência de notícias France Presse (AFP). Ele estava internado há semanas por causa da saúde debilitada.

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Ele fundou o partido Frente Nacional em 1972 e foi presidente da sigla até 2011. Sob liderança de Marine Le Pen, filha do político, a legenda foi rebatizada de Reagrupamento Nacional (ou Reunião Nacional) em 2018. De 2011 a 2015, Jean-Marie foi presidente honorário do grupo.

Carreira e controvérsias

O político nasceu em La Trinité-sur-Mer, em 1928, e fez graduação em direito. Após o curso superior, entrou na carreira militar e, a bordo da Legião Estrangeira, serviu nas guerras da Indochina (1954) e da Argélia (1957).

Em 1956, foi eleito pela primeira vez para a Assembleia Nacional e conquistou novos mandatos em 1958 e 1986. No Parlamento Europeu, exerceu legislaturas de 1984 a 2003 e de 2004 a 2019.

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Le Pen concorreu cinco vezes (1974, 1988, 1995, 2002 e 2007) a presidente da França. O melhor desempenho foi em 2002, quando chegou ao segundo turno e foi derrotado por Jacques Chirac, vencedor com 82.21% dos votos.

O político ganhou popularidade nos anos 1980 ao tratar de questões como imigração, conservadorismo e gênero, dando opiniões controversas e claramente preconceituosas. Foi acusado e condenado, na França e fora do país, por xenofobia e antissemitismo após declarações sobre muçulmanos e negacionismo do Holocausto.

Em 2015, Marine demitiu Jean-Marie do partido após falas polêmicas do pai acerca do genocídio de judeus pela Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

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