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Macron nomeia François Bayrou como primeiro-ministro em meio à crise política na França

Nomeação acontece após voto de desconfiança que destituiu governo anterior; novo premiê terá desafios para formar maioria no parlamento

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François Bayrou é nomeado primeiro-ministro da França | Reprodução/Instagram
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O presidente francês Emmanuel Macron nomeou François Bayrou, de 73 anos, como o novo primeiro-ministro da França. A escolha ocorreu após a Assembleia Nacional destituir o governo liderado por Michel Barnier em uma votação de desconfiança, na última semana. Bayrou, figura conhecida na política francesa, é um aliado de longa data de Macron e lidera o partido centrista Movimento Democrático (MoDem).

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A tarefa de Bayrou será formar um governo estável, desafiador em um parlamento fragmentado, onde nenhum partido possui maioria. O gabinete do presidente declarou que Bayrou foi "encarregado de restaurar a estabilidade política". Sua nomeação também busca conter a influência da líder de extrema-direita Marine Le Pen, cuja aliança com a esquerda foi crucial para a destituição de Barnier.

A crise iniciou após Barnier usar uma cláusula constitucional para aprovar o orçamento de 2025, que previa 60 bilhões de euros em cortes e aumentos de impostos, sem consulta parlamentar. Isso gerou insatisfação na Aseembleia já polarizado.

Enquanto alguns parlamentares conservadores podem integrar o novo governo, partidos de oposição, como o France Unbowed e os Verdes, prometeram apresentar moções de censura. O Partido Socialista, por sua vez, indicou que não votará contra o governo caso Bayrou evite manobras constitucionais controversas.

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François Bayrou

Bayrou lidera o Movimento Democrático (MoDem), partido centrista que fundou em 2007. Em 2017, ele apoiou a primeira candidatura presidencial de Macron e se tornou um importante parceiro na aliança centrista dele.

Na época, foi nomeado ministro da Justiça, mas renunciou rapidamente ao governo em meio a uma investigação sobre a suposta apropriação indevida de fundos do Parlamento Europeu por parte do MoDem.

Neste ano, Bayrou foi absolvido do caso por um tribunal de Paris, que considerou outros oito funcionários do partido culpados e condenou o MoDem ao pagamento de uma multa.

Bayrou tornou-se conhecido pelo público francês quando foi ministro da Educação de 1993 a 1997, em um governo conservador. Ele foi candidato à presidência três vezes: em 2002, 2007 e 2012.

Crise política

A turbulência política que vive a França foi causada pelo próprio Macron, que dissolveu a Assembleia e antecipou a eleição parlamentar no país, após a derrota de seu partido para a extrema-direita nas eleições que elegeram os novos eurodeputados do Parlamento Europeu, em junho.

O centrista apostava que conseguiria a maioria dos assentos na poderosa câmara baixa francesa, mas a disputa começou com a extrema-direita liderando e terminou com um parlamento dividido em três grandes blocos: a coalizão de esquerda Nova Frente Popular, os centristas aliados de Macron e o partido de extrema-direita Reagrupamento Nacional.

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