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Mercosul e União Europeia anunciam acordo de livre comércio depois de 25 anos de negociações

Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou a conclusão das negociações durante reunião com líderes do Mercosul no Uruguai

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Presidentes dos países membros do Mercosul e Ursula von der Leyen participam de cúpula no Uruguai
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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou nesta sexta-feira (5), a conclusão do acordo Mercosul-União Europeia durante o encontro do grupo sul-americano em Montevideú, no Uruguai.

"Concluímos as negociações para o acordo UE-Mercosul. Marca o início de uma nova história", afirmou von der Leyen em publicação no X, antigo Twitter. "Agora estou ansiosa para discutir isso com os países da UE. Este acordo funcionará para pessoas e empresas. Mais empregos. Mais escolhas. Prosperidade compartilhada", concluiu.

Em entrevista coletiva, von der Leyen reforçou que o "acordo com Mercosul é vitória para Europa".

"Este é um acordo ganha-ganha, que trará benefícios significativos para consumidores e empresas, de ambos os lados. Estamos focados na justiça e no benefício mútuo", continuou.

O acordo, que vem sendo negociado há 25 anos, enfrenta resistência da França, enquanto Berlim intensifica a pressão para que seja concluído. Juntos, os dois blocos irão formar uma das maiores áreas de livre comércio bilaterais do mundo, reunindo cerca de 718 milhões de pessoas — correspondendo a quase 10% da população mundial — e um Produto Interno Bruto (PIB) que ultrapassa US$ 22 trilhões — equivalente a 25% da economia global.

O presidente francês, Emmanuel Macron, e os agricultores franceses têm sido o principal obstáculo para o avanço do acordo. Eles alegam que a eliminação de grande parte das tarifas entre as duas regiões vai "inundar" os mercados europeus com carne do bloco sul-americano, gerando uma concorrência desleal.

A presidente da Comissão Europeia também abordou essas preocupações em seu discurso, e afirmou que o acordo inclui "salvaguardas robustas".

"Ouvimos as preocupações de nossos agricultores e agimos de acordo com elas. Este acordo inclui salvaguardas robustas para proteger seus meios de subsistência", disse von der Leyen.

+ "Acordo com Mercosul é inaceitável", diz Emmanuel Macron

O tratado passará agora por revisão jurídica e tradução. Só então será assinado e submetido à aprovação. No Brasil, o processo envolve Legislativo. Na Europa, terá de ser aprovado pelo Conselho Europeu e pelos deputados do Parlamento Europeu para entrar em vigor.

A cúpula também marcará o encerramento da presidência do Uruguai e sua transferência para a Argentina. A Bolívia participará pela primeira vez como membro pleno do bloco, após oficializar a sua adesão em agosto deste ano e o Panamá será oficialmente integrado como Estado Associado, tornando-se o primeiro país da América Central a ingressar no grupo.

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