EUA darão início a nova fase de operações da CIA na Venezuela nos próximos dias, diz agência
Fontes do governo norte-americano revelaram à Reuters que, dentre as possíveis ações, está a tentativa de derrubar Nicolás Maduro

Karyn Souza
com informações da Reuters
Os Estados Unidos darão início a uma nova fase de operações da CIA na Venezuela já nos próximos dias, segundo informações reveladas por fontes do governo norte-americano à agência Reuters, sob condição de anonimato.
Duas autoridades afirmam que a primeira parte deste plano deve incluir a realização de ações secretas contra o governo venezuelano. O Pentágono encaminhou perguntas à Casa Branca. Já a CIA se recusou a comentar.
Um integrante do alto escalão do governo Trump também não descartou nenhuma possibilidade de atuação dos EUA contra a Venezuela. "O presidente Trump está preparado para usar todos os elementos do poder norte-americano para impedir a entrada de drogas em nosso país e para levar os responsáveis à justiça", declarou a fonte.
Nos últimos meses, a Casa Branca tem avaliado possíveis ações de combate ao que consideram ser o papel do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no fornecimento das drogas traficadas aos EUA. O líder venezuelano nega qualquer ligação com cartéis de drogas.
Ainda segundo as autoridades, os planos avaliados pelo governo Trump incluem a tentativa de derrubar Maduro do poder.
A tensão entre EUA e Venezuela se intensificou em setembro, quando forças norte-americanas iniciaram uma onda de ataques contra navios suspeitos de narcotráfico no Caribe e no Pacífico. Mais de 60 pessoas morreram.
Trump rejeita proposta de renúncia de Maduro
Na última quarta-feira (19), uma reportagem do jornal norte-americano The New York Times revelou que Donald Trump rejeitou uma proposta de renúncia negociada feita por Nicolás Maduro e autorizou operações secretas da CIA dentro do território venezuelano.
De acordo com a publicação, Maduro teria indicado à Casa Branca que aceitaria deixar o poder, desde que houvesse uma transição de dois a três anos. A oferta, porém, foi recusada pelo governo Trump, que não aceitava um prazo considerado longo demais e que poderia atrasar a saída do líder venezuelano.









