Trump rejeita renúncia proposta por Maduro e autoriza ações da CIA na Venezuela, diz jornal
Segundo o jornal New York Times, Casa Branca recusou oferta de transição feita por Maduro enquanto amplia operações militares no Caribe

Patrícia Vasconcellos
Em meio à escalada de tensão entre Estados Unidos e Venezuela, o jornal norte-americano The New York Times revelou que Donald Trump rejeitou uma proposta de renúncia negociada feita por Nicolás Maduro e autorizou operações secretas da CIA dentro do território venezuelano.
De acordo com a publicação, Maduro teria indicado à Casa Branca que aceitaria deixar o poder, desde que houvesse uma transição de dois a três anos.
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A ideia foi apresentada por intermediários que tentavam construir um acordo político entre Caracas e Washington.
A oferta, porém, foi recusada pelo governo Trump, que não aceitava um prazo considerado longo demais e que poderia atrasar a saída do líder venezuelano.
O New York Times afirma que o Departamento de Guerra apresentou quatro opções ao então presidente dos EUA
- captura de Nicolás Maduro;
- ataques direcionados a pontos dentro da Venezuela, como depósitos de drogas
- bombardeio de lanchas suspeitas de transportar entorpecentes no Caribe;
- negociação direta com integrantes da cúpula ao redor do presidente venezuelano.
Segundo a reportagem, Trump chegou a autorizar operações secretas da CIA, ampliando o nível de intervenção norte-americano na região.
Apesar da pressão militar, o jornal aponta que existem conversas de bastidores entre representantes dos dois países.
Essas tratativas ocorrem em paralelo ao aumento das ações militares no Caribe, zona onde os EUA reforçaram o envio de embarcações e efetivos.
O que dizem Trump e Maduro?
Em entrevista à TV estatal venezuelana, Maduro enviou um recado em inglês, criticando a postura norte-americana.
Trump, por outro lado, afirmou nesta semana que ficaria “orgulhoso de acabar com a produção de drogas na Colômbia”. Ele acusou redes criminosas de enviar fentanil e cocaína para os EUA.
Como a situação afeta países vizinhos?
O presidente colombiano Gustavo Petro, recentemente sancionado pelos EUA, segue proibido de entrar em território americano.
A mesma restrição vale para Nicolás Maduro, que também enfrenta uma recompensa de US$ 50 milhões oferecida pelo Departamento de Justiça para quem fornecer informações que levem à sua prisão.









