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Deputada do PT que viajava em rumo a Gaza diz ser vítima de maus-tratos em prisão israelense

Luizianne Lins denunciou 'condições degradantes, uso de violência psicológica e falta de tratamento médico adequado'; Israel nega as acusações

Imagem da noticia Deputada do PT que viajava em rumo a Gaza diz ser vítima de maus-tratos em prisão israelense
Deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) | Foto: Reprodução/Twitter/@LuizianneLinsPT - 13.05.2025
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A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), que viajava na Flotilha Global Sumud, com o objetivo de levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, afirmou, por meio de sua assessoria, ter sofrido maus-tratos na prisão israelense em que está detida, junto a outros ativistas. Ela está sob custódia desde a última quarta-feira (1º), quando a Marinha israelense interceptou o barco em que ela estava.

"Durante visita consular do governo brasileiro nesta segunda (06/10) à prisão de Ketziot, no deserto de Negev, os participantes detidos ilegalmente denunciaram condições degradantes, uso de violência psicológica e falta de tratamento médico adequado. Alguns, inclusive Luizianne, só receberam medicamentos após pressão diplomática legal", escreveu a assessoria de Luiziane em publicação no Instagram.

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Ainda segundo o texto, audiências judiciais foram realizadas sem a presença de advogados e há uma ordem judicial que permite a deportação imediata dos integrantes da flotilha. Até o momento, cerca de 300 deles foram deportados. Alguns deles, como o brasileiro Thiago Ávila, se recusaram a assinar os documentos de deportação. Ele está em greve de fome e sede.

"Seguimos exigindo a libertação imediata da deputada federal Luizianne Lins e de todos os brasileiros e brasileiras detidos ilegalmente", acrescentou a assessoria da deputada. "Agradecemos cada gesto de apoio e fazemos o apelo para intensificarmos a mobilização e ampliarmos a pressão pública por liberdade e justiça."

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Em publicação no X (antigo Twitter), o Ministério das Relações Exteriores de Israel negou as acusações de maus-tratos e alegou que "todos os direitos legais dos participantes foram e continuarão a ser totalmente respeitados". A pasta classificou as denúncias como "mentiras" que fariam parte de uma "campanha de notícias falsas pré-planejada" e afirmou que "o único incidente violento" teria ocorrido quando um detido mordeu uma funcionária da prisão.

A Flotilha Global Sumud é um grupo internacional formado por ativistas, parlamentares e civis de 44 países. Os integrantes da missão partiram em mais de 50 barcos levando alimentos, água potável e suprimentos médicos à população de Gaza.

Após a intercepção da flotilha, a comunicação com os tripulantes foi interrompida. Desde então, o governo brasileiro vem acompanhando a situação por meio de visitas consulares e contatos diplomáticos. O estado de saúde dos estrangeiros permaneceu desconhecido por dias, mas, ao que tudo indica, todos estão fisicamente bem.

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