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Caminhões de ajuda humanitária entram em Gaza em meio a questionamentos sobre troca de reféns

Entrada de ajuda humanitária reacende esperanças de estabilidade em meio a impasses sobre cessar-fogo e reconstrução de Gaza

Imagem da noticia Caminhões de ajuda humanitária entram em Gaza em meio a questionamentos sobre troca de reféns
Fome e desnutrição têm agravado crise humanitária em Gaza | Reprodução/UNRWA
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O governo de Israel voltou a permitir, de forma gradual, a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza através da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito.

+ Israel afirma que corpo entregue pelo Hamas não pertence a refém

A medida ocorre depois de dias de impasse com o Hamas sobre a devolução dos corpos de reféns israelenses mortos, o que ameaçava o frágil acordo de cessar-fogo entre as partes.

Segundo autoridades israelenses, o grupo palestino devolveu mais corpos durante a noite, permitindo o avanço das negociações. Até agora, o Hamas entregou oito corpos, embora um deles não fosse de um refém, segundo Israel.

A reabertura da passagem deve viabilizar a entrada de cerca de 600 caminhões de suprimentos com alimentos, remédios, combustível e equipamentos para infraestrutura.

A trégua interrompeu dois anos de guerra em Gaza, que já deixou milhares de mortos e provocou uma grave crise humanitária. A guerra transformou Gaza em um cenário de destruição e deslocou quase toda a população local.

A devolução dos corpos continua sendo um dos pontos mais sensíveis da trégua, que também prevê o desarmamento do Hamas e a criação de uma força internacional para administrar o território.

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Organizações humanitárias relatam falta de abrigo, alimentos e serviços básicos. "Voltamos para nossas casas e não há mais nada. Nem abrigo, nem esperança", disse Moemen Hassanein, morador da Cidade de Gaza.

Enquanto isso, a violência interna em Gaza preocupa. O Hamas, que ainda mantém o controle do território, intensificou ações contra clãs locais e executou publicamente suspeitos de colaborar com grupos rivais. A Autoridade Palestina, que administra a Cisjordânia, condenou as execuções.

O acordo de cessar-fogo foi mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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