Hamas entrega corpos de reféns após ameaças de Trump e restrição de ajuda imposta por Israel
Grupo militante palestino enviou quatro corpos a Israel após o governo de Donald Trump ameaçar “responder com violência” se o Hamas não se desarmar

SBT News
com informações da Reuters
O Hamas entregou nesta terça-feira (14) mais corpos de reféns depois que Israel ameaçou reduzir a ajuda humanitária a Gaza e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu o grupo palestino com o uso da força caso não se desarme.
+ ONU estima que reconstrução de Gaza levará décadas e custará mais de US$ 70 bilhões
Um dia após discursar em Jerusalém para divulgar seu plano de paz, Trump disse que o Hamas estaria “testando a paciência” dos mediadores e prometeu uma resposta militar se o grupo violasse o cessar-fogo.
Nas ruas de Gaza, combatentes do Hamas executaram homens acusados de colaborar com Israel, enquanto o governo israelense comunicou à ONU que permitirá apenas metade do número diário de caminhões de ajuda previsto no acordo firmado na semana passada.
Autoridades israelenses afirmaram que a decisão de restringir a ajuda e adiar a reabertura da fronteira sul com o Egito ocorreu porque o Hamas descumpriu o acordo ao não entregar os corpos de reféns mortos durante o ataque de outubro de 2023.
+ Israel abre fogo em Gaza e seis palestinos são mortos, dizem autoridades locais
Horas depois, o grupo informou aos mediadores que transferiria quatro corpos para Israel a partir das 22h (horário local), segundo uma fonte citada pela agência Reuters.
Mais tarde, os militares israelenses confirmaram que a Cruz Vermelha havia recebido quatro caixões do Hamas e estava a caminho de entregá-los às forças israelenses.
+ Exército toma poder em Madagascar enquanto parlamento tenta destituir presidente
Após dois anos de ofensiva israelense, grande parte de Gaza permanece em ruínas. O Hamas acusou Israel de violar o cessar-fogo e continuar matando civis no enclave. Em resposta, Trump afirmou que o grupo “renegou sua palavra” e ameaçou retaliar militarmente caso o desarmamento não ocorra conforme o acordo.