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Manifestantes e polícia entram em confronto em marcha pró-Palestina antes de partida entre Itália e Israel

Organizadores do ato pediram que a Fifa expulse Israel de todas as competições, afirmando que o time apoia 'políticas de ocupação' nos territórios palestinos

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Cerca de 5 mil manifestantes pró-Palestina marcharam nesta terça-feira (14), em Udine, cidade no norte da Itália, antes da partida entre Itália e Israel pelas eliminatórias da Copa do Mundo, no Estádio Friuli. Confrontos com a polícia foram registrados no final do protesto, que havia transcorrido de forma pacífica pela maior parte do tempo.

Os organizadores do ato pediram que a Fifa expulse Israel de todas as competições, afirmando que o time apoia "políticas de ocupação" nos territórios palestinos. Os manifestantes carregaram uma bandeira palestina de 18 metros e uma grande faixa vermelha com o slogan da manifestação, "Mostre a Israel o cartão vermelho". Uma estátua de metal que simboliza a justiça segurava uma balança em uma mão e um cartão vermelho na outra.

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No final da marcha, alguns manifestantes atiraram fogos de artifício e objetos contra a polícia, que respondeu com canhões de água e gás lacrimogêneo. A agência de notícias Ansa informou que um jornalista ficou ferido nos confrontos e foi levado às pressas para o hospital.

Os organizadores prosseguiram com o protesto mesmo depois que Israel e Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo que incluiu a libertação dos reféns israelenses restantes ainda vivos e o retorno de prisioneiros palestinos. Uma manifestante, Valentina Bianchi, afirmou à Reuters que "houve um cessar-fogo, mas não a paz" e que "não pode haver paz sem justiça".

A federação italiana de futebol informou que pouco mais de 9 mil ingressos foram vendidos para o jogo contra Israel, bem abaixo da capacidade reduzida de 16 mil pessoas. Algumas lojas mantiveram suas portas fechadas durante todo o dia, enquanto outras fecharam à tarde, quando o protesto começou, em meio a temores de danos após a violência em manifestações na Itália nas últimas semanas. As autoridades locais decretaram uma série de restrições, incluindo o fechamento de ruas e a instalação de barreiras de concreto ao redor do estádio, para criar zonas de segurança.

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