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Australiana é condenada a prisão perpétua por matar sogros com cogumelos envenenados

Vítimas adoeceram após refeição servida por Erin Patterson; outra pessoa também morreu e uma ficou gravemente ferida

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Erin Patterson foi presa em novembro de 2023 acusada de matar 3 pessoas com cogumelos envenenados | Reprodução/10 News First
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A australiana Erin Patterson foi condenada à prisão perpétua pela morte de três parentes durante um almoço em 2023. A decisão, proferida nesta segunda-feira (8), segue o veredicto do júri, de julho, que a considerou culpada por preparar e servir aos convidados uma refeição com cogumelos venenosos.

Patterson está presa desde 2023. Ao anunciar a sentença, o juiz Christopher Beale afirmou que a australiana deveria receber a pena máxima por seus crimes, sendo três homicídios e uma tentativa de homicídio. Na decisão, o magistrado ainda proibiu que ela consiga liberdade condicional em até 33 anos.

"Você foi efetivamente mantido em confinamento solitário contínuo nos últimos 15 meses. E, no mínimo, há uma chance substancial de que, para sua proteção, você continue a ser mantida em confinamento solitário nos próximos anos”, disse Beale.

A defesa de Patterson terá até 28 dias, isto é, até 6 de outubro, para apresentar um recurso contra a condenação proferida pelo juiz, sentença ou ambos. Desde o início do julgamento, a australiana se declarou inocente de todas as acusações e alegou que as mortes foram um “trágico acidente”.

Relembre o caso

O almoço aconteceu no dia 29 de julho de 2023. À polícia, Patterson disse que planejou o encontro um mês antes para anunciar que estava com câncer e pedir conselho sobre como contar aos filhos. O marido da australiana, Simon, também havia sido convidado, mas ligou cancelando a presença horas antes. O casal estava separado desde 2015, mas não havia oficializado legalmente.

No almoço, foi servido uma carne contendo cogumelos venenosos. Após consumir a refeição, os sogros de Patterson, Gail e Donald, e a irmã de Gail, Heather Wilkinson, passaram mal e foram levados ao hospital, onde morreram dias depois. O marido de Heather, Ian, também estava no almoço, mas conseguiu se recuperar, recebendo alta em setembro.

A defesa afirmou que Patterson também foi ao hospital, pois estava sofrendo de diarreia. A promotoria confirmou o atendimento na unidade de saúde, mas disse que os registros médicos mostraram que ela foi diagnosticada com uma doença gastrointestinal leve e que recusou tratamento. Antes de deixar a unidade, assinou um "formulário de alta contra aconselhamento médico".

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Questionada durante o julgamento, Patterson disse que não havia colocado os cogumelos na refeição – o que foi desmentido pela promotoria pouco tempo depois. A defesa argumentou que a australiana entrou em pânico e, por isso, mentiu para a polícia. Disse, ainda, que a cliente nunca teve intenção de prejudicar os convidados.

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