Motorista de Porsche não é encontrado em casa e é considerado foragido
Policiais civis foram até a casa dele neste sábado; família disse que ele vai se apresentar na segunda-feira
O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, que dirigia um Porsche em alta velocidade e causou o acidente que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana no dia 31 de março em São Paulo, está foragido.
Policiais civil foram até a casa dele neste sábado (04) para cumprir um mandado de prisão, mas não o encontraram em casa.
De acordo com a polícia, o pai de Fernando informou que ele vai se apresentar na segunda-feira (06), seguindo orientação dos advogados.
João Victor Maciel Gonçalves, advogado do empresário, confirmou a informação e completou que ele se apresentará após a defesa despachar com o juiz do caso, no começo da manhã. “A família vai cumprir a decisão, a defesa também.”
O advogado também disse que não sabe do paradeiro de Fernando.
O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou o pedido do Ministério Público e determinou a prisão preventiva do empresário na sexta-feira (03).
Acusado pelos crimes de homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima, Fernando trocou de advogado, na quinta-feira (2).
Relembre o caso
Fernando Sastre, que dirigia um Porsche, bateu no Sandero dirigido pelo motorista de aplicativo, Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, na madrugada do dia 31 de março, na avenida Salim Farah Maluf, zona leste de São Paulo.
Ornaldo não sobreviveu após o acidente. O passageiro do carro de luxo, Marcus Vinícius Machado Rocha, teve ferimentos gravíssimos, ficando na UTI por 10 dias.
De acordo com o MPSP, Fernando Sastre ingeriu álcool em dois estabelecimentos antes de dirigir o Porsche. A namorada dele e um casal de amigos tentaram impedi-lo de dirigir, mas o condutor ainda assim optou por assumir o risco. Na avenida, ainda segundo o MPSP, Fernando trafegou a mais de 150 km/h.
O MPSP também aponta que Fernando se apresentou à autoridade policial 36 horas depois da colisão, tendo deixado o local do acidente sem fazer o teste do bafômetro, com autorização dos policiais militares que atenderam à ocorrência. A conduta dos agentes também está sendo investigada.