Caso Porsche: Justiça determina prisão preventiva de empresário que matou motorista de aplicativo
Fernando Sastre de Andrade Filho é acusado pelos crimes de homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima
O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou o pedido do Ministério Público e determinou a prisão preventiva do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, que dirigia um Porsche em alta velocidade e causou o acidente que matou um motorista de aplicativo, no dia 31 de março, em São Paulo.
Acusado pelos crimes de homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima, Fernando trocou de advogado, na quinta-feira (2), e agora será representado por Elizeu Neto e Jonas Marzagão. O advogado João Victor Maciel Gonçalves segue na defesa do motorista.
Carine Acardo Garcia e Merhy Daychoum deixaram a defesa de Fernando após a conclusão do inquérito.
Relembre o caso
Fernando Sastre, que dirigia um Porsche, bateu no Sandero dirigido pelo motorista de aplicativo, Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, na madrugada do dia 31 de março, na avenida Salim Farah Maluf, zona leste de São Paulo.
Ornaldo não sobreviveu após o acidente. O passageiro do carro de luxo, Marcus Vinícius Machado Rocha, teve ferimentos gravíssimos, ficando na UTI por 10 dias.
De acordo com o MPSP, Fernando Sastre ingeriu álcool em dois estabelecimentos antes de dirigir o Porsche. A namorada dele e um casal de amigos tentaram impedi-lo de dirigir, mas o condutor ainda assim optou por assumir o risco. Na avenida, ainda segundo o MPSP, Fernando trafegou a mais de 150 km/h.
O MPSP também aponta que Fernando se apresentou à autoridade policial 36 horas depois da colisão, tendo deixado o local do acidente sem fazer o teste do bafômetro, com autorização dos policiais militares que atenderam à ocorrência. A conduta dos agentes também está sendo investigada.