Corinthians presta homenagem a Washington Olivetto, um dos fundadores da Democracia Corintiana
Aos 73 anos, o renomado publicitário estava internado no Hospital Copa Star, onde o falecimento foi confirmado
O Corinthians lamentou, neste domingo (13), a morte de Washington Olivetto, vice-presidente de marketing do clube nos anos 1980 e um dos fundadores da Democracia Corinthiana. Aos 73 anos, o renomado publicitário estava internado no Hospital Copa Star, onde o falecimento foi confirmado pela unidade de saúde.
+Loterj contesta no Supremo ação da União contra atuação nacional de bets
"O Sport Club Corinthians Paulista lamenta o falecimento do publicitário Washington Olivetto e se solidariza com a família nesse momento de dor", diz um trecho do comunicado publicado nas redes sociais.
A Democracia Corinthiana foi um movimento nos anos 1980 em que jogadores do Corinthians, como Sócrates e Casagrande, passaram a decidir sobre questões importantes do clube, como contratações e treinos. Embora não fosse jogador, Olivetto atuava como vice-presidente de marketing do clube e ajudou a estruturar a comunicação e a imagem do movimento.
O movimento promovia mais liberdade e participação dos atletas, em contraste com a gestão autoritária comum no futebol. Esse modelo, além de simbolizar uma crítica à ditadura militar vigente no país, trouxe sucesso ao time, que conquistou dois títulos paulistas, em 1982 e 1983, marcando a história do esporte e da política no Brasil.
Washington Olivetto nasceu em 29 de setembro de 1951, no Rio de Janeiro. Ele foi responsável pela criação do "Garoto Bombril". Em sua trajetória, conquistou mais de 50 Leões no Festival de Publicidade de Cannes, na categoria filmes, e foi o único latino-americano a ganhar um Clio, em 2001.
+Quem era Washington Olivetto, publicitário premiado que morreu no Rio
Entrevista ao SBT
Em outubro de 2020, enquanto morava em Londres, na Inglaterra, Olivetto foi entrevistado no programa Poder em Foco. À época, ele fez uma análise da forma utilizada por governos para comunicar sobre a pandemia de covid-19.
"É o momento para informar, não para persuadir. E, na maioria dos países, os políticos se preocupam mais em se vender ao invés de informar. Esse é o momento para informação", afirmou, à época. Assista:
