Assassino de tesoureiro do PT tem prisão domiciliar revogada e cumprirá pena em Pinhais
Jorge Guaranho foi condenado a 20 anos de prisão, mas foi liberado para cumprir pena domiciliar

Yumi Kuwano
O ex-policial Jorge Guaranho, que matou o tesoureiro do PT Marcelo Arruda a tiros em 2022, em Foz do Iguaçu (PR), começou passou a cumprir pena no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba nesta sexta (14).
O bolsonarista foi levado a uma penitenciária onde ficam os presos que necessitam de atendimento médico.
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No mês passado, logo após a condenação — em 13 de fevereiro —, Guaranho obteve uma liminar para cumprir a pena de 20 anos em regime domiciliar. No entanto, na noite desta quinta (13), ela foi revogada pelo desembargador Gamaliel Scaff.
A concessão da prisão domiciliar foi justificada pelo argumento da defesa de que Guaranho possui lesões, causadas durante o crime, que necessitam de tratamento contínuo e especializado, mas o magistrado pediu uma nova avaliação médica e decidiu revogar a prisão neste modelo.
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Segundo o laudo, assinado em 27 de fevereiro, o criminoso teria condição de cumprir pena em qualquer local que tivesse "apoio de equipe de saúde adequado".
A defesa ainda pode recorrer da decisão.
Relembre o caso
O ex-policial penal descobriu que, no clube onde era sócio, acontecia uma festa de aniversário com temática do PT. Ele foi até o local acompanhado da esposa e do filho, alegando estar fazendo uma ronda.
Ao chegar, colocou uma música de Bolsonaro para tocar e discutiu com Marcelo Arruda, que celebrava seus 50 anos com amigos e familiares. Os dois discutiram, e Jorge deixou o local.
Pouco tempo depois ele voltou, armado, e disparou três tiros contra o aniversariante. Dos dois tiros que o atingiram, um deles foi no peito. Arruda reagiu e também baleou o ex-policial penal. O petista deixou esposa e quatro filhos, sendo o mais novo com apenas 40 dias na época.
Guaranho foi condenado por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum (pelo fato do acusado ter atirado contra a vítima em local com outras pessoas, colocando-as em risco).