ELA: Ator de 'Grey's Anatomy' de 52 anos anuncia diagnóstico de doença sem cura; entenda
Condição rara, que afeta o sistema nervoso, é a mesma que afetou o físico britânico Stephen Hawking, morto em 2018

Wagner Lauria Jr.
Eric Dane, ator conhecido por seus papéis nas séries 'Grey's Anatomy' e 'Euphoria', revelou nesta semana que foi diagnosticado com ELA – Esclerose Lateral Amiotrófica, doença neurodegenerativa progressiva rara que afeta os neurônios responsáveis pelos movimentos e não tem cura (saiba mais abaixo).
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"Sou grato por ter minha amorosa família ao meu lado enquanto navegamos por este próximo capítulo", disse.
Dane, que tem 52 anos, ressaltou que irá continuar trabalhando e retornará às gravações de 'Euphoria' na semana que vem.
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A notícia aumentou o interesse de busca pelo nome do ator. Os dados são do Google Trends.

A condição é a mesma que afetou o físico britânico Stephen Hawking, morto em 2018.
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O que é ELA?
A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta os neurônios motores – células do cérebro e da medula espinhal responsáveis pelo controle dos músculos voluntários. Ao longo do tempo, esses neurônios se desgastam e morrem, fazendo com que o cérebro perca a capacidade de iniciar e controlar movimentos.
Com a degeneração dos neurônios motores, os músculos deixam de receber comandos, o que gera fraqueza muscular, perda de mobilidade e, nos estágios mais avançados, paralisia total.
Outros sintomas incluem:
- Gagueira (disfemia);
- Cabeça caída;
- Cãibras musculares;
- Contrações musculares;
- Problemas de dicção, como um padrão de fala lento ou anormal (arrastando as palavras);
- Alterações da voz, rouquidão;
- Perda de peso.
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Quem pode desenvolver a doença?
A ELA é considerada uma condição rara, com incidência média de 2 a 5 casos por 100 mil habitantes. É mais comum em homens e costuma se manifestar entre 55 e 75 anos de idade, segundo o Ministério da Saúde. A origem exata da doença ainda é desconhecida, mas fatores genéticos podem estar envolvidos em cerca de 10% dos casos.
Outras possíveis causas, segundo o Ministério, são desequilíbrio químico no cérebro (níveis de glutamato mais elevado) e doenças autoimunes.
Tratamento
Ainda não há cura para a ELA. O tratamento é focado em controlar os sintomas e retardar a progressão da doença, oferecendo mais qualidade de vida ao paciente. Fisioterapia e fonoaudiologia são indicados para manter a força muscular e preservar as funções de fala e deglutição. O suporte psicológico também é essencial, tanto para o paciente quanto para a família.