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Saúde

Casal de influenciadores é preso suspeito de usar PMMA e deformar pacientes em Goiás; entenda

Polícia recebeu mais de 70 denúncias; substância plástica também é utilizada para fins industriais

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Casal de influenciadores é preso em Goiás | Reprodução/redes sociais
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Um casal de influenciadores digitais, Paulo César Dias e Karine Gouveia, foi preso preventivamente, nesta quinta-feira (13), após acusação de utilizarem polimetilmetacrilato (PMMA) e óleo de silicone em procedimentos estéticos realizados em clínicas de estética em Goiânia e Anápolis.

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As primeiras denúncias de pacientes que tiveram procedimentos malsucedidos surgiram em fevereiro de 2024. Foram mais de 70 denúncias registradas na polícia. Paulo e Karine já haviam sido presos em dezembro do ano passado e ficaram detidos por 55 dias.

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De acordo com a polícia, os produtos causaram graves deformações físicas em pacientes atendidos pelos influenciadores.

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O que é o PMMA?

O polimetilmetacrilato (PMMA) é uma substância plástica que não é reabsorvida pelo organismo e pode ser utilizada como preenchedor em gel. Ela também é usada para fins industriais

Apesar de não ser contraindicada a aplicação da substância na região corporal pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não há indicação para uso do produto em caso de "aumento de volume, seja corporal ou facial" e é classificado no grupo de "máximo risco" pela Agência.

No entanto, segundo a Anvisa, existem registros dessa substância para preenchimento subcutâneo, ou seja, para tratar correção de alterações, como irregularidades e depressões no corpo, há mais de 10 anos no Brasil.

O PMMA também pode ser usado para a produção de plásticos e fibras acrílicas, por exemplo, com concentrações diferentes das aplicadas no corpo.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o PMMA é indicado para correção de sequelas de tumores, rugas, pequenas cicatrizes e enfermidades faciais congênitas, como o lábio leporino. Não há recomendação de uso para fins estéticos, em razão de complicações e processos inflamatórios e infecciosos que podem causar "danos estéticos e funcionais desastrosos e irreversíveis".

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o ácido hialurônico é mais seguro para ser utilizado com finalidade estética, por ser uma substância "que faz parte do corpo".

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