Moraes veta visita de Gustavo Gayer a Bolsonaro, mas libera outros cinco aliados
Deputado é investigado por envolvimento no 8 de janeiro e foi o primeiro a ter pedido rejeitado desde prisão domiciliar do ex-presidente

Jessica Cardoso
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou nesta sexta-feira (8) o pedido do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em sua casa, em Brasília.
Na decisão, Moraes ressaltou que Gayer é investigado na petição 12.042/DF, que apura suspeitas de participação em uma organização criminosa ligada aos ataques de 8 de janeiro de 2023 às sedes dos Poderes da República. O deputado é suspeito de desviar verbas parlamentares para financiar os atos golpistas.
Segundo o ministro, a medida cautelar imposta a Bolsonaro proíbe qualquer comunicação com réus, investigados em ações penais ou investigações conexas aos processos que envolvem o ex-presidente, inclusive por meio de terceiros.
Este foi o primeiro pedido de visita a Bolsonaro negado pelo STF desde o início da prisão domiciliar. Em sua solicitação, Gayer afirmou que o encontro teria caráter "institucional e humanitário" e se comprometeu a não registrar ou divulgar imagens do momento. O argumento, contudo, não foi aceito.
Apesar do veto a Gayer, Moraes autorizou a entrada de outros cinco aliados na residência do ex-presidente entre 10h e 18h. Entre eles está a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP-DF), que poderá visitar Bolsonaro em 15 de agosto. Os outros são os deputados federais:
- Domingos Sávio (PL-MG), em 18 de agosto;
- Joaquim Passarinho (PL-PA), no dia 19;
- Alden da Silva (PL-BA) em 20 de agosto; e
- Júlia Zanatta (PL-SC), no dia 21.