Moraes tira sigilo de processo sobre mulher que pichou estátua do STF
Leia carta que a ré enviou ao ministro em que se diz arrependida e afirma que seu "conhecimento em política é raso ou nenhum"
Caio Crisóstomo
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirou o sigilo do processo sobre Débora Rodrigues, acusada de pichar a frase "perdeu, mané" na estátua em frente à Corte durante os atos extremistas do 8 de Janeiro.
Moraes votou pela condenação de Débora por 14 anos e foi acompanhado pelo ministro Flávio Dino. O caso foi interrompido após o pedido de vista (mais tempo para análise) do ministro Luiz Fux.
Em julgamento sobre a denúncia da trama golpista, Fux disse que vai revisar a pena imposta por Moraes.
Em carta, Débora se diz arrependida de ter participado dos atos do dia 8 de janeiro e afirma ter "aversão" a política. Leia íntegra:
Débora responde pelos crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
Ela está na cadeia desde março de 2023, quando foi presa em uma das fases da Operação Lesa Pátria.
A frase que ela pichou é uma referência a uma fala do presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso. O ministro usou a expressão ao ser abordado por uma eleitora de Jair Bolsonaro (PL) em uma rua de Nova York, em novembro de 2022.
Débora vem sendo usada como exemplo pelos bolsonaristas que lutam pela aprovação de uma anistia aos golpistas de 8 de Janeiro no Congresso Nacional.
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