Ministros do STF foram surpreendidos por decisão de Moraes de decretar prisão domiciliar de Bolsonaro

Alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram pegos de surpresa pela decisão do ministro Alexandre de Moraes de determinar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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A medida ocorre em meio a um cenário de tensão política no Brasil e ao agravamento das relações diplomáticas com os Estados Unidos, sobretudo com as tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras.

Na semana passada, o presidente norte-americano Donald Trump formalizou tarifas contra o Brasil em resposta ao que classificou como uma "caça às bruxas" liderada por Moraes contra Bolsonaro, que responde a acusações de articular um golpe para reverter o resultado das eleições de 2022.

Segundo fontes ouvidas pela agência Reuters, a decisão de Moraes gerou apreensão dentro do governo Lula, diante do risco de novas retaliações que possam afetar ainda mais a economia brasileira. Apesar disso, o Planalto não pretende intervir nas decisões do Supremo.

Ministros do STF ouvidos sob anonimato afirmaram que a Corte apoia Moraes.

Já em relação às tarifas, a estratégia do governo, segundo interlocutores, será focar em políticas de apoio aos setores impactados pelas tarifas e manter abertos os canais diplomáticos com os EUA para tentar preservar o acesso ao mercado norte-americano.

A ordem de prisão domiciliar ocorreu pouco antes do julgamento no STF sobre as acusações de tentativa de golpe por parte de Bolsonaro e seus aliados.

Moraes, embora elogiado internamente pela firmeza na defesa da democracia, também é alvo de críticas por suposto abuso de autoridade.

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