Netanyahu ameaça retaliação após explosão ferir oficial israelense em Gaza
Incidente em Rafah ocorre em meio a impasse sobre cessar-fogo e avanço de investigação governamental sobre ataque do Hamas em 2023



SBT News
com informações da Reuters
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quarta-feira (24) que o país vai responder a um ataque que deixou um oficial militar israelense ficar ferido na Faixa de Gaza. A explosão ocorreu na região de Rafah, no sul do território palestino, onde forças israelenses ainda mantêm operações militares.
A declaração foi feita durante uma cerimônia de formatura de pilotos da Força Aérea israelense. No discurso, Netanyahu mencionou o episódio e afirmou que o Hamas deixou claro que não pretende se desarmar, como previsto no acordo de cessar-fogo firmado em outubro.
"Israel responderá de acordo”, disse o primeiro-ministro, sem detalhar quando ou de que forma ocorrerá a retaliação.
As Forças Armadas de Israel informaram anteriormente que um dispositivo explosivo atingiu um veículo militar em Rafah, provocando ferimentos leves em um oficial.
O Hamas negou responsabilidade pelo ataque e afirmou que o episódio ocorreu em uma área sob controle total das forças israelenses. O grupo disse ainda que havia alertado, desde o início da guerra, sobre a presença de explosivos na região e em outros pontos da Faixa de Gaza. Em nota, reiterou o compromisso com o cessar-fogo firmado em 10 de outubro.
Mais cedo, o parlamento israelense aprovou, em primeira votação, um projeto que autoriza uma investigação conduzida pelo próprio governo sobre o ataque surpresa do Hamas ao sul de Israel, em 7 de outubro de 2023. A decisão contraria a demanda de familiares das vítimas, que defendem a criação de uma comissão independente.
Netanyahu tem resistido publicamente aos apelos por uma comissão estatal de inquérito e não assumiu responsabilidade pelas falhas de segurança que antecederam o ataque, que desencadeou a guerra em Gaza.
A coalizão governista aprovou ainda um projeto de lei que concede aos parlamentares o poder de indicar os membros do painel de investigação e permite ao gabinete do primeiro-ministro definir o escopo e o mandato da apuração.








