Departamento de Justiça dos EUA diz ter mais de 1 milhão de documentos do caso Epstein ainda não divulgados
Órgão afirma que material está em análise e que liberação pode levar semanas devido ao volume e à necessidade de proteger vítimas


Vicklin Moraes
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou nesta quarta-feira (24) que ainda existem mais de 1 milhão de documentos potencialmente relacionados ao caso do financista Jeffrey Epstein que não foram divulgados ao público.
Em publicação na plataforma X, o órgão afirmou que o Procurador dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York e o FBI identificaram o material e o encaminharam ao Departamento de Justiça para análise. Segundo a nota, a divulgação seguirá a Lei de Transparência dos Arquivos Epstein, a legislação federal vigente e decisões judiciais.
"O Departamento de Justiça recebeu esses documentos para analisá-los e liberá-los conforme a lei. Nossos advogados estão trabalhando ininterruptamente para revisar o material e fazer as supressões legalmente exigidas, a fim de proteger as vítimas. Devido ao grande volume, o processo pode levar algumas semanas", informou o órgão, acrescentando que seguirá a determinação do presidente Donald Trump para tornar os arquivos públicos.
Desde o início do processo, o Departamento de Justiça vem divulgando novos conjuntos de documentos ligados às investigações sobre Epstein. A liberação mais recente inclui cerca de 29 mil páginas, além de dezenas de videoclipes e imagens de câmeras de circuito interno, muitas delas com trechos suprimidos. Parte do material aparenta ter sido gravada dentro de uma prisão.
Epstein foi encontrado morto em agosto de 2019, em uma cela de um presídio em Nova York, em um caso classificado oficialmente como suicídio.
Caso Epstein
Jeffrey Epstein era um financista bilionário que mantinha relações com figuras influentes do meio político, econômico e social. Em 2008, ele se declarou culpado por solicitar prostituição de uma menor. Em julho de 2019, voltou a ser preso, acusado de tráfico sexual de menores, mas morreu pouco mais de um mês depois, antes de ir a julgamento.








