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Política

Gilberto Kassab critica Eduardo Bolsonaro por apoio ao tarifaço dos EUA: “Grande erro”

Presidente do PSD também manifestou preocupação com o uso da Lei Magnitsky para tentar pressionar o ministro do STF Alexandre de Moraes

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Gilberto Kassab fala ao microfone (Marcos Oliveira/Agência Senado)
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O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, criticou a defesa feita pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) às tarifas de 50% impostas pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

Em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, exibida na noite de domingo (10), Kassab considerou a atitude do parlamentar “totalmente inadequada” e um “grande erro” que prejudica os interesses do Brasil.

“Acho que o grande erro do Eduardo Bolsonaro tem sido se colocar em solidariedade ao tarifaço. Isso, para um brasileiro e para um deputado federal, é totalmente inadequado. Na hora em que ele não se alinha àqueles que defendem os interesses do Brasil, é um erro muito grande”, afirmou Kassab.

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Eduardo Bolsonaro, que vive nos Estados Unidos desde o início do ano, tem atuado junto a autoridades norte-americanas para pressionar o Judiciário e o governo brasileiro em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu em ação penal por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

O dirigente do PSD também manifestou preocupação com o uso da Lei Magnitsky para tentar pressionar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Kassab classificou essa estratégia como inadequada, afirmando que a lei “é uma arma muito poderosa que não foi feita para isso”.

Sobre a prisão domiciliar do ex-presidente Bolsonaro por descumprimento de medidas cautelares, Kassab apontou que, apesar de existirem justificativas técnicas para a medida, o momento político não é o mais apropriado devido ao risco de represálias internacionais.

Ainda na entrevista, Kassab criticou a ocupação da mesa diretora da Câmara por deputados da oposição, classificando o ato como “inadequado” e prejudicial à imagem do Legislativo. “Isso está criando um afastamento da sociedade da política, que é muito ruim”, declarou.

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Quanto às eleições presidenciais de 2026, Kassab afirmou que o PSD terá candidatura própria, mas não descarta uma aliança com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que, segundo ele, pode se lançar como o principal candidato da centro-direita.

“O Tarcísio é muito bem avaliado em São Paulo. Para ele deixar de lado uma provável reeleição, é por conta de uma situação muito favorável para se eleger presidente da República e por um chamamento expressivo das lideranças políticas, empresariais e culturais do país”, disse Kassab.

A reportagem não conseguiu contato com Eduardo Bolsonaro para comentar as falas de Kassab.

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