Fachin diz que CNJ vai fazer mapa nacional de organizações criminosas
Presidente do STF e do Conselho Nacional de Justiça afirma que medida ajudará no combate ao crime organizado


Gabriela Vieira
Paola Cuenca
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, afirmou nesta sexta-feira (31) que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai mapear as organizações criminosas presentes no Brasil.
“O Poder Judiciário está atento a isso e atuando fundamentalmente em duas frentes. A primeira delas é no âmbito do Conselho Nacional de Justiça. Nós estamos desenvolvendo e, em breve teremos, o mapa das organizações criminosas do Brasil", disse.
+Lula sanciona lei que endurece combate ao crime organizado e amplia proteção de agentes públicos
Segundo Fachin, o mapa vai mostrar de onde vem as organizações e quais seus principais pontos de interesse, para que "a partir de dados e evidências, todo o sistema de Justiça, incluindo, de modo especial, as polícias e a Polícia Federal, possa ter melhores políticas de combate às organizações criminosas".
O discurso foi durante a instalação de varas de combate à violência contra a mulher em Bauru, no interior de São Paulo. Na ocasião, ele disse também que a iniciativa está ligada às ações de reinserção social de pessoas privadas de liberdade. Fachin abordou que melhorar as condições de presídios é uma forma de combater ao crime organizado.
+ADPF das Favelas: o que diz decisão do STF sobre operações policiais no Rio de Janeiro
"E é por isso que vamos tratar não apenas das condições internas das unidades penitenciárias, mas também da empregabilidade e efetivamente de dar condições a quem cumpre a pena, como deve ser, porque quem cometeu o delito deve mesmo responder e responder na forma da lei, mas essa responsabilidade deve se dar em condições que respeitem os direitos fundamentais das pessoas e permitam uma reinserção social", acrescentou.
A repercussão ocorre três dias depois da megaoperação das forças de segurança do Estado do Rio de Janeiro, deflagrada na última terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão. A ação, parte da chamada Operação Contenção, foi justificada pela necessidade de desarticular lideranças do Comando Vermelho (CV).









