Eleições 2024: Em São Paulo, cresce rejeição a Marçal e diminui a Nunes
Porcentagem de eleitores que não votariam em Boulos de jeito nenhum segue estável; entenda o que isso significa para um potencial segundo turno
A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (5) que mostra um empate triplo na disputa pela Prefeitura de São Paulo – entre Guilherme Boulos (PSOL) (23%), Pablo Marçal (PRTB) (22%) e Ricardo Nunes (MDB) (22%) – também questionou os eleitores em quem eles não votariam de jeito nenhum. É a chamada taxa de rejeição, que acaba definindo o teto do potencial de votos de cada candidato. A rejeição pode ser fundamental no resultado de um eventual segundo turno.
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A pesquisa mostra que o prefeito Ricardo Nunes, que cresceu 3 pontos percentuais (no limite da margem de erro) nas intenções de voto do último levantamento para este, melhorou também sua rejeição, que caiu de 25% para 21%. Nunes tenta a reeleição.
Em geral, candidatos menos conhecidos têm um índice de rejeição menor, mas a queda da rejeição após o início da propaganda eleitoral gratuita, em que Nunes tem o maior tempo entre os candidatos, é uma boa notícia para a campanha do emedebista.
O índice de rejeição de Nunes também é bem mais baixo do que o de seus principais oponentes. O ex-coach Pablo Marçal tem a taxa de rejeição mais alta: 38% dos eleitores não votariam nele de jeito nenhum, uma alta de 4 pontos em relação à pesquisa anterior. Guilherme Boulos aparece na sequência, com 37% de rejeição, mesmo índice da pesquisa anterior.
Rejeição e segundo turno
Segundo cientistas políticos, a rejeição pode ter um papel fundamental num possível segundo turno, limitando o potencial de votos de um candidato. O levantamento Datafolha confirma essa projeção.
Nos cenários de segundo turno testados pelo instituto, o atual prefeito, Ricardo Nunes, que tem a menor rejeição, apresenta o melhor desempenho. Num eventual segundo turno com Boulos, Nunes venceria por 49% contra 37% do candidato do PSOL. O emedebista venceria Marçal por uma margem ainda maior: 53% a 31% das intenções de voto.
Num cenário entre Boulos e Marçal, o candidato do PSOL teria 45% dos votos ante 39% do candidato do PRTB, no limite da margem de erro de 3 pontos percentuais.
Os dados são da mais recente pesquisa do Datafolha, realizada na terça (3) e quarta (4). Com margem de erro de três pontos para mais ou menos, o levantamento contratado pela Folha e pela TV Globo ouviu 1.204 eleitores. Ele está registrado na Justiça Eleitoral sob o código SP-03608/2024.