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Política

Defesa diz que Paulo Sérgio tentou demover Bolsonaro de medidas contra resultado eleitoral

Andrew Fernandes Farias afirmou que o general temia que autoridades do alto escalão militar aderissem às manifestações públicas contra as eleições

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O advogado do ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, defendeu nesta quarta-feira (3) a inocência do réu durante o segundo dia do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, Andrew Fernandes Farias disse que "Paulo Sérgio atuou para demover o ex-presidente de caminhar por qualquer medida de exceção".

"A inocência do general Paulo Sérgio, segundo a delação, o depoimento da principal testemunha de acusação, é manifesta", acrescentou. Ainda afirmou que Paulo Sérgio tentou fazer com que o governo desmobilizasse as pessoas em frente ao Quartel-General, ainda em 2023.

"Estava tentando convencer o presidente a não cair, nesses assessoramentos de grupos radicais", disse.

Em defesa, o advogado afirmou que o general não "fazia parte dessa organização criminosa” e defendeu sua inocência. "A verdade é que o general Paulo Sérgio não é um golpista", acrescentou.

Segundo a defesa, Paulo Nogueira temia que autoridades do alto escalão militar aderissem às manifestações públicas contra as eleições e, por isso, convocou uma reunião para evitá-las.

Ele também deixou claro que nenhum comandante disse que foi pressionado. "E muito mais do que isso, o general Freire Gomes então comandante do exército brasileiro disse que nunca foi pressionado pelo general Paulo Sérgio", acrescentou.

"Mas fui insistente para deixar claro. Nessa reunião do dia 14 de dezembro o general Paulo Sérgio pressionou? O senhor foi pressionado pelo general a aderir a algum estado de defesa, de sítio, GLO? Olha o que diz o comandante: Não, de maneira alguma", ressaltou.

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Acusação

Nogueira responde pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. Ao todo, as penas podem chegar a 43 anos de prisão.

O julgamento do chamado “núcleo 1” da acusação de golpe começou na terça-feira (2). Agora, no segundo dia, o STF segue com o posicionamento das defesas dos oito réus.

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