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Política

Defesa de Bolsonaro diz que não existe uma "única prova" contra o ex-presidente

Celso Vilardi disse nesta quarta-feira (3) que a defesa não teve acesso as provas apresentadas e "muito menos prazo suficiente"

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Bolsonaro com o advogado Celso Vilardi | Gustavo Moreno/STF
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O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Celso Vilardi, disse nesta quarta-feira (3) que a defesa não teve acesso as provas apresentadas e "muito menos prazo suficiente".

"Nós não tivemos acesso a prova e muito menos prazo suficiente {...} Nós não tivemos o tempo que tiveram a PF e a PGR. Em 34 anos é a primeira vez que eu vejo numa tribuna para dizer com toda a humildade, eu não conheço a integra deste processo", acrescentou.

Durante o discurso, em que Vilardi defende o ex-presidente em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) da acusação de golpe, ele questionou as provas apresentadas pela Polícia Federal contra Bolsonaro.

"Mas a pergunta que se faz é que prova é essa? É recorte de trechos de WhatsApp, documento como um papel, uma agenda que foram localizados em computadores", afirmou.

Também diz que Jair Bolsonaro não atentou contra o Estado Democrático de Direito, já que não há uma única prova contra o ex-presidente.

"Essa minuta, esse depoimento, não há uma única prova que atrele o presidente a operação luneta, punhal verde e amarelo e 8 de Janeiro. Nem o delator falou isso. Não há uma única prova", acrescentou Celso Vilardi.

Bolsonaro é acusado de editar e aprovar uma minuta golpista. Segundo acusação da PGR, o ex-presidente apresentou o documento para os comandantes das Forças Armadas e chegou a pressioná-los para aderir ao plano de golpe. No entanto, o ex-presidente teria sido "dragado para esses fatos".

"Porque, na verdade foi achada uma minuta do punhal verde e amarelo, uma minuta planíbia de uma operação bonita e como todos nós sabemos, o trágico episódio, ocorreu o trágico episódio de 8 de janeiro. E o presidente, a quem estou representando, foi dragado para esses fatos", declarou Vilardi.

Crime tentado

Na declaração, Vilardi considerou que não seria possível reconhecer o crime de golpe de Estado, já que a PGR reconheceu que o suposto plano golpista não foi consumado. “Dizer que o crime começou em uma live sem violência é subverter a legislação penal”, acrescentou.

Delação

Vilardi também fala sobre a delação do tenente-coronel da ativa do Exército Brasileiro, Mauro Cid. Na ocasião, ele diz que não sabe se foram "11, 15 depoimentos, é ele que foi realmente chamado pra depor 11, 12, 14 16 vezes. Mas ele mudou de versão diversas vezes. Isso não sou eu quem estou dizendo. Quem esta dizendo é a PF e a PGR no último relatório de novembro sobre ele ter omissões e contradições", afirmou.

Pela mudança de versões, os advogados querem a nulidade da delação premiada firmada entre o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

+Defesa de Bolsonaro fala agora na 1º turma do STF; acompanhe ao vivo

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