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Política

Conversa de Lula e Trump deve ocorrer por telefone ou videoconferência, diz Planalto

Presidentes se encontraram na terça-feira (23), em Nova York; governos enfrentam divergências desde agosto devido ao tarifaço

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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e presidente Donald Trump | Ricardo Stuckert/White House
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Interlocutores do Palácio do Planalto confirmaram que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs um diálogo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A sugestão ocorreu na terça-feira (23), durante breve encontro entre os líderes na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

“Encontrei o líder do Brasil ao entrar aqui e falei com ele. Nos abraçamos. Não tivemos muito tempo para conversar, uns 20 segundos. Em retrospecto, fico feliz de ter esperado, porque essa coisa não deu muito certo, mas nós tivemos uma boa conversa e combinamos de nos encontrar na próxima semana. Ele gostou de mim e eu gostei dele”, disse Trump ao discursar na ONU.

As declarações do republicano causaram surpresa em meio à crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos. As gestões enfrentam divergências desde agosto, quando Washington iniciou uma série de taxações e sanções a produtos e autoridades brasileiras, visando interferir em decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) — em especial no então julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe.

Ao chegar em Nova York, Lula já havia dito a veículos locais que estaria pronto caso Trump decidisse dialogar. Em entrevista ao jornal PBS NewsHour, o brasileiro afirmou que “um chefe de Estado precisa ter uma relação com outro chefe de Estado, independente de sua posição política”, mas que “não aceitaria interferências” na democracia ou soberania nacional.

Agora, os assessores de ambos os presidentes deverão alinhar as agendas para providenciar a conversa. A expectativa é que o diálogo aconteça por telefone ou videochamada, e não presencialmente. Isso porque, além de já ter compromissos fechados para os próximos dias, Lula quer que o contato siga protocolos formais, como forma de evitar “qualquer uso político ou midiático da situação”.

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A cautela, segundo os diplomatas, é porque Trump já expôs outros chefes de Estado em encontros anteriores na Casa Branca. Foi o caso do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, com quem Trump bateu boca em fevereiro, e do presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, acusado pelo republicano de promover um “genocídio branco” no país.

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