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Economia

Dólar fecha abaixo de R$ 5,30 e Ibovespa bate recorde após fala de Trump sobre Lula

Comentários do presidente norte-americano na ONU reduziram temor de novas sanções contra o Brasil e impulsionaram alívio nos mercados

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Dólar fecha abaixo de R$ 5,30 e Ibovespa bate recorde após fala de Trump sobre Lula
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O dólar encerrou esta terça-feira (23) em queda firme frente ao real, voltando a operar abaixo de R$ 5,30, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizer que se reunirá na próxima semana com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, elogiando o brasileiro.

As declarações de Trump, feitas durante discurso na Assembleia Geral da ONU, diminuíram a preocupação do mercado de que os EUA possam adotar novas medidas econômicas contra o Brasil.

O dólar à vista caiu 1,11%, fechando a R$ 5,2787, no menor valor desde 6 de junho do ano passado, quando atingiu R$ 5,2493. No acumulado de 2024, a moeda registra baixa de 14,57%.

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A participação de Lula na assembleia da ONU era acompanhada de perto pelos agentes financeiros, que temiam novas medidas por parte de Washington. Em julho, Trump havia imposto tarifa de 50% sobre diversos produtos brasileiros, citando como justificativa a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, seu aliado, a 27 anos e 3 meses de prisão.

Na segunda-feira (22), os EUA também anunciaram sanções contra Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal.

Em seu discurso, Lula afirmou que a soberania brasileira é inegociável e criticou medidas unilaterais impostas ao país, além de ataques ao Poder Judiciário. Sem citar diretamente os EUA ou Trump, o presidente disse que sanções arbitrárias têm se tornado frequentes e que os ideais que inspiraram a criação da ONU estão ameaçados.

Trump falou logo em seguida e mencionou o Brasil no fim de sua fala. Ele relatou ter encontrado Lula após o discurso e disse que ambos se abraçaram e conversaram brevemente.

“Tivemos uma boa conversa e concordamos em nos reunir na semana que vem”, afirmou o norte-americano. “Ele pareceu ser uma pessoa muito boa.”

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As falas de Trump aliviaram os mercados e pressionaram o dólar para novas mínimas, com a percepção de que diminuem as chances de novas medidas contra o Brasil.

No cenário interno, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada pela manhã, indicou que o Banco Central entrou em um “novo estágio” da política monetária, prevendo Selic em 15% por um período prolongado para cumprir a meta de inflação. O diferencial de juros, ampliado após o corte das taxas nos EUA na semana passada e a manutenção da Selic, tem sustentado a valorização do real.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 0,91%, aos 146.424,94 pontos, após bater a marca histórica de 147.178,47 pontos no melhor momento do dia. O avanço foi puxado pelas ações da Petrobras e dos bancos, como Itaú e Banco do Brasil.

O movimento também foi influenciado pelas declarações de Trump sobre Lula, que animaram investidores diante da possibilidade de uma reaproximação entre os dois países. No pior momento do pregão, o índice recuou a 145.106,58 pontos. O volume financeiro somou R$ 20,5 bilhões.

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