Política

Bolsonaro insiste em defesa e pergunta "o que eu fiz para estar aqui?", diz Flávio

Senador também menciona pedido do pai sobre PL da Anistia, restrição à alimentação especial e contesta versão sobre violação de tornozeleira

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Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fala à imprensa após visitar o pai, Jair, preso na Superintendência da PF em Brasília | Marcos Santos/SBT
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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta terça-feira (25) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue se defendendo e repetindo a pergunta "o que eu fiz para estar aqui?" durante visita ao pai, que está em prisão preventiva na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília.

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Segundo o parlamentar, o pai afirma que não incentivou atos golpistas e que conduziu uma transição de governo "tranquila". Além de Flávio, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) também visitou o ex-presidente.

O ex-presidente está preso desde sábado (22), por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sob acusação de tentar romper a tornozeleira eletrônica enquanto cumpria prisão domiciliar. A Primeira Turma da Corte manteve a prisão preventiva nessa segunda (24) por unanimidade.

PL da Anistia

Flávio Bolsonaro reiterou que o pai pediu diretamente que os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), coloquem em pauta o projeto de anistia defendido pelo partido do ex-presidente, o PL. A legenda quer votar o texto ainda nesta semana.

"Eu acabei de sair de conversar com o presidente Bolsonaro. É um pedido direto dele pros presidentes Motta e Davi Alcolumbre", disse o senador.

Ele também contestou a interpretação de que a convocação de uma vigília religiosa, divulgada por ele nas redes sociais, teria contribuído para o entendimento de risco de fuga. Flávio afirmou que a decisão para levar o ex-presidente à PF já estaria pronta antes da publicação do vídeo.

"Já estava pronta a decisão para trazê-lo aqui para a sede da PF em Brasília, muito antes inclusive do meu vídeo da vigília", declarou.

Alimentação de Bolsonaro

Flávio Bolsonaro afirmou ter recebido a informação de que haveria uma orientação para impedir que a família entregue a alimentação especial do ex-presidente, prescrita por médicos por causa de sequelas no sistema intestinal.

O senador disse que Bolsonaro "segue sem se alimentar" no local e que a suposta restrição o preocupa.

"Me soa muito estranho que alguém tenha dado essa determinação, indo contra a prescrição médica", declarou.

Ele acrescentou que o ex-presidente teme a origem das refeições fornecidas, preocupação que, segundo Flávio, ele já manifestava antes da prisão.

Durante a visita, o senador também rebateu questionamentos sobre a violação da tornozeleira eletrônica. Ele disse que não houve tentativa de fuga. O senador criticou perguntas sobre o assunto e insistiu na versão de que o pai sofreu um "surto".

"Os próprios médicos falam que a mistura daqueles remédios que ele de fato tomou, o efeito colateral é esse de 'confusão mental'. Se ele quisesse fugir, ele não tinha tentado abrir a caixa, ele tinha metido uma tesoura naquela tornozeleira", concluiu.
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