Política

Gilmar Mendes diz que Brasil vive “momento de normalidade” após condenações por tentativa de golpe

Na Itália, ministro defende que condenações por tentativa de golpe mostram funcionamento das instituições

Imagem da noticia Gilmar Mendes diz que Brasil vive “momento de normalidade” após condenações por tentativa de golpe
Ministro Gilmar Mendes fala sobre pejotização | Reprodução/YouTube/SBT News
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou, nesta segunda-feira (25), que o Brasil vive um “momento de normalidade” após as condenações de envolvidos na tentativa de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Se vocês olharem o mundo numa perspectiva global, verão que o Brasil vive momento de normalidade. Pela primeira vez, pessoas responsáveis por tentativas de golpe foram levadas ao tribunal e foram condenadas. E esse é o resultado”, disse em evento do LIDE na Itália.

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Segundo o ministro, os desdobramentos recentes são consequências de decisões tomadas pelo Supremo – com o julgamento dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e de aliados do ex-presidente investigados por participação na articulação golpista. “O mais que vocês têm noticiado são consequências das decisões que já foram tomadas”, afirmou.

Durante seu discurso, Gilmar também citou a “resiliência institucional” demonstrada pelo país. “A gente podia estar contando a história de um golpe, como tradicionalmente ocorre na América Latina, mas a gente conta a história de um sucesso. As instituições foram capazes de evitar um golpe de Estado e trouxeram os responsáveis para as barras dos tribunais”, declarou.

O ministro rejeitou críticas de que o Estado de Direito estaria fragilizado. “Nós temos punido quem tenta corromper o Estado de Direito. E isso é um bom exemplo para o mundo”, afirmou. Ele também mencionou o reconhecimento internacional, citando elogios de Luigi Ferrajoli e Steven Levitsky ao enfrentamento da crise institucional.

Aceno à indicação de Messias ao STF

Questionado sobre a indicação de Jorge Messias, chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), para a vaga aberta no Supremo, Gilmar disse que o processo cabe ao presidente da República e ao Senado, mas elogiou o trabalho do advogado-geral. “O que eu tenho dito é que o Jorge Messias tem se revelado um Advogado-Geral extremamente diligente e extremamente capaz de dialogar com as instituições”, afirmou.

Segundo ele, Messias foi um dos interlocutores “mais prontos” do governo em situações recentes, incluindo a crise com os Estados Unidos. Gilmar também tratou da cooperação jurídica com a Itália, afirmando que o intercâmbio de informações e extradições segue fluxo regular. “Brasil e Itália cooperam muito neste campo e eu espero que isso siga a rotina e o fluxo normal”, disse.

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