Avião com Silvinei Vasques chega a Brasília; ex-diretor da PRF cumprirá prisão preventiva na Papudinha
Aeronave pousou pouco depois das 13h; preso passará por exame de corpo de delito na Superintendência da PF na capital federal

Gabriela Vieira
Kenzô Machida
Avião que realizou transferência de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), de Foz do Iguaçu (PR) a Brasília pousou pouco depois das 13h deste sábado (27), na capital federal. Após desembarque, ele vai passar por exame de corpo de delito na Superintendência da Polícia Federal (PF) e seguirá para a Papudinha, onde cumprirá prisão preventiva determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Papudinha é apelido de um Batalhão da Polícia Militar localizado no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. Quem cumpre pena definitiva nessa unidade é o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, após trânsito em julgado do núcleo 1 na ação penal que apurou tentativa de golpe de Estado no Brasil.
Vasques estava detido em Foz do Iguaçu, no Paraná, por tentar embarcar para o Panamá, com destino final El Salvador, usando um passaporte paraguaio em nome de outra pessoa – Julio Eduardo Baez Fernandez.
Após tentativa de fuga, o ministro Moraes determinou prisão preventiva do ex-PRF, que cumpria domiciliar e fazia uso de tornozeleira eletrônica. Ele rompeu dispositivo em Santa Catarina antes de fugir do país.
Conforme apurou o SBT News, ele já havia solicitado que sua detenção fosse em SC, onde teria "vínculos familiares", ou na Papudinha.
A defesa de Silvinei afirmou que "não se trata de privilégio", mas de "elevada exposição institucional", o que justificaria a permanência do detento na Papudinha, com celas individuais onde já estiveram outros presos de casos políticos, como o mensalão.
Condenações
Vasques foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. Conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), ele integrou o chamado núcleo 2, grupo responsável por ações estratégicas e operacionais para manter ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
Segundo as investigações, ele articulou blitzes em rodovias no Nordeste durante o segundo turno do pleito de 2022 para impedir eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de chegarem aos locais de votação. O ex-diretor da PRF também já havia sido condenado por esse mesmo caso na Justiça Federal do Rio de Janeiro.









